Educação do campo: discursos sobre currículo, identidades e culturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Aparecido Lino dos lattes
Orientador(a): Bruno, Marilda Moraes Garcia lattes
Banca de defesa: Oliveira, Ozerina Victor de lattes, Ferreira, Maria Beatriz Rocha lattes, Martins, Morgana de Fátima Agostini lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1494
Resumo: Ao considerar que a educação do campo convive na contemporaneidade com múltiplas realidades, diferentes interesses e expectativas de seus estudantes, pais e das comunidades rurais envolvidas, este estudo teve como objetivo analisar se o currículo proposto para essa modalidade, em uma Escola Polo da zona rural de Campo Grande, MS, atende às peculiaridades da vida no campo e contempla as identidades e diferenças sociais e culturais de seus educandos. Para tanto, realizamos estudo documental para análise dos discursos desde o contexto histórico da educação do campo até as propostas das políticas de adequação dos conteúdos do currículo escolar. Na perspectiva dos Estudos Culturais, optamos por fazer um estudo do tipo etnográfico em educação, adotando como procedimentos metodológicos as técnicas de observação participante, com registros em diário de campo, entrevistas semiestruturadas com 02 gestores e 04 professores do Ensino Fundamental, para análise dos discursos sobre uma proposta adequação do currículo para uma educação no e/ do campo. O questionário foi utilizado para a elaboração do perfil dos professores e gestores. Os resultados indicam que a proposta curricular da educação do campo não difere do currículo das escolas urbanas quanto à estrutura, conteúdos e organização curricular, pois a escola do campo, em descompasso com as políticas nacionais e diretrizes, não tem promovido adequações do currículo para atender às especificidades da zona rural e às diferenças de seus habitantes. Os discursos apontam que a proposta curricular construída tem forjado as identidades e apenas celebrado as diferenças, na medida em que os conteúdos da cultura urbana têm sido priorizados no currículo, enquanto os saberes da cultura popular são silenciados ou esquecidos. Problematizamos a construção de uma proposta curricular específica que contemple as diferenças socioculturais e estabeleça o diálogo intercultural entre educação do campo e a urbana.