Fatores de risco relacionado à lesão intraepitelial cervical em mulheres atendidas no SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferro, Luana Maria Tassoni lattes
Orientador(a): Negrão, Fábio Juliano lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1270
Resumo: O câncer de colo do útero é o terceiro câncer mais comum no sexo feminino, sendo responsável por 250 mil óbitos de mulheres por ano. Antigo e persistente problema de saúde pública, a identificação de fatores de risco relacionado ao desenvolvimento de lesões intraepiteliais cervicais é importante para o desenvolvimento de estratégias relacionadas às políticas públicas em saúde para o seu controle. Com o objetivo de identificar os fatores de risco relacionado a lesões intraepiteliais cervicais e câncer de colo do útero em mulheres atendidas na atenção primária e secundária do Sistema Único de Saúde do município de Dourados – MS, foi realizado um estudo de caso controle com 498 mulheres, de 18 a 65 anos de idade, grupo de casos: 166 mulheres apresentavam lesões cervicais de graus variados e grupo controle: 332 com exame citológico negativo. Todas as mulheres responderam a um questionário estruturado com informações socioeconômicas, clínicas e comportamento de risco. E, submetidas ao procedimento de colpocitologia oncótica com duas amostras de esfregaço celular em lâmina de vidro, em ambas as amostras foi realizado o exame citológico para a avaliação morfológica celular. Em 42.1% das mulheres do grupo de casos apresentaram lesões intraepiteliais de baixo grau, seguidas de 33.7% lesões intraepiteliais de alto grau, 19.8% Células Escamosas Atípicas de Significado Indeterminado, 2.4% Células Glandulares Atípicas de Significado Indeterminado e 1.8% Adenocarcinoma e Carcinoma. Foi observado como fatores de risco para o desenvolvimento de lesão cervical e câncer (P>001): cor/raça pardo, baixa escolaridade, consumo de álcool, infecção sexualmente transmissível e mais de dois parceiros sexuais nos últimos 5 anos. Outros fatores avaliados foram associados a lesões cervicais, tais como: ser fumante, infecção pelo Papilomavírus humano anterior, relação sexual antes dos 15 anos de idade. Fatores protetores para desenvolvimento de lesão são uso de preservativo e cirurgia ginecológica. Apesar de nosso trabalho não avaliar diretamente as ações de educação em saúde, foi possível observar pouco conhecimento e adesão às políticas públicas de prevenção, sendo necessária a avaliação das medidas de educação em saúde, educação sexual e programa de controle de infecção pelo Papilomavírus e do Câncer de colo de útero, direcionadas a efetividade, que proporcionem acesso ao diagnóstico precoce e a intervenções nos fatores ligados a vulnerabilidade das mulheres no desenvolvimento da doença.