Artes comparadas e paratextualidade: gotas rubras em água viva, de Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Alves, Joyce lattes
Orientador(a): Santos, Paulo Sérgio Nolasco dos lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Letras
Departamento: Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/597
Resumo: Esta dissertação tem por finalidade analisar a obra Água viva, de Clarice Lispector, enquanto representativo corpus de leitura na ampla produção literária da escritora brasileira. Assim, a escolha de Água viva decorre da constatação de que esta obra foi produzida já no momento de reconhecida maturidade da produção literária de Clarice, atingindo o ápice de seu particular projeto artístico, principalmente por fazer coincidir o encontro entre práticas artísticas dessemelhantes, como se verifica na análise da escritura poética e da produção plástico-visual, vistas em um mesmo esquadro ou disjuntivamente. Para tanto, o enfoque do trabalho baseiase na análise semiodiscursiva procurando na intermidialidade, enquanto vertente dos estudos de Literatura Comparada, elos de intermediação entre esferas artísticas produtoras de sentidos frequentemente confluentes e/ou iridescentes. Como a própria “água-viva” – ser invertebrado e translúcido –, procura-se articular uma alternativa teórica e metodológica, o próprio do comparatismo literário, na tentativa de valorizar o objeto de análise entranhado na tessitura mesma de um desenho que o configura e caracteriza. Valendo-se desta perspectiva, portanto, o trabalho explora produções de sentidos utilizados de uma escritura plurissignificativa dentro de um projeto rarefeito em gotas rubras e páginas abandonadas, resultando em uma leitura em mosaico caleidoscópico: a própria Água viva.