Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Galvão, Daura Del Vigna
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Orientador(a): |
Bungart Neto, Paulo
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/603
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Resumo: |
Esta dissertação de mestrado em Letras aborda a poética da escritora sul-mato-grossense Flora Thomé, procurando analisar sobretudo a obra Retratos (1993), corpus de estudo deste trabalho. Propõe-se uma análise da obra como uma galeria de retratos‖ composta por poemas-pintura‖, uma vez que os poemas analisados têm como referência‖ partes da história de vida da própria escritora, e de sua terra natal, a cidade de Três Lagoas-MS, o locus da enunciação, de onde nascem suas reflexões e estratégias textuais que marcam seus poemas e crônicas de evidente acento memorialístico. O trabalho ancora-se em abordagens voltadas para os Estudos Culturais, a intertextualidade e a transculturalidade, e, particularmente, nas reflexões em torno das teorias da memória e do memorialismo. Dando crédito à terminologia estabelecida por Philippe Lejeune em O pacto autobiográfico: de Rousseau à Internet (2008) uma das principais bases teóricas desse trabalho pode-se considerar Retratos (1993) como uma autobiografia em versos‖, posto que, em seus poemas a autora recorre ao fenômeno mnemônico como tentativa de resgatar a posse imaginária de um passado impregnado por personagens, lugares e acontecimentos que marcaram sua vida e a memória coletiva da cidade de Três Lagoas, cidade que, em decorrência de movimentos migratórios, transformou-se numa zona de contato a vivenciar um rico processo de transculturação. Registros memorialísticos desse processo de desenvolvimento também estão presentes em outras obras da autora, tais como Cirros (1960); Cantos e recantos (1987); Haicais (1999); e Nas águas do tempo (2002). Ao longo desta reflexão e exposição, do cotejamento do corpus com uma significativa bibliografia sobre o assunto, procuramos demonstrar a relação intersubjetiva e interdiscursiva da obra de Flora Thomé com a metáfora viva, nas águas do tempo‖, título criativo de um dos livros da escritora, inspiração também para o título desta dissertação. |