A Seicho-no-le do Brasil e o Autêntico Paraíso Terrestre : o matiz religioso da nipo-brasilidade (1966-1970)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: SILVEIRA, João Paulo de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Ciências Humanas
BR
UFG
Mestrado em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2289
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto a instituição religiosa Seicho-no-Ie do Brasil, de origem japonesa, enquanto zona de contato produtora de uma das variáveis da identidade nipo-brasileira. Fundada no Japão em 1930, por Masaharu Taniguchi, e trazida para o Brasil pelos imigrantes, a Seicho-no-Ie, a partir da década de 1960, vivenciou o processo de abertura ao público brasileiro. Encaramos a abertura enquanto estratégia que favorecia o envolvimento de setores da colônia japonesa com a sociedade brasileira e, conseqüentemente, a elaboração da identidade nipo-brasileira baseada na utensilagem religiosa. A doutrina da Seicho-no-Ie traz consigo elementos do nacionalismo oficial japonês do período anterior à Segunda Guerra Mundial, arranjos simbólicos que permitiram a ressemantização de formas de pertencimento ao Brasil, mitos fundacionais, e do discurso nacionalistas desenvolvido pelo Estado Militar (1964-1985). A Seicho-no-Ie do Brasil respondia à necessidade de envolvimento da colônia japonesa com a sociedade nacional. Ao definir o Brasil enquanto Autêntico Paraíso Terrestre , a expressão religiosa revestiu o Brasil de representações oriundas da cultura japonesa, em especial o que diz respeito às hierarquias e à cooperação com o governo.