Educação e Relações Étnico-Raciais: Diálogos e Silêncios sobre a Implementação da Lei nº 10.639/2003 no Município de Goiânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: VIEIRA, Cecilia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Ciências Humanas
BR
UFG
Mestrado em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2026
Resumo: O objetivo principal do trabalho foi de identificar se o curso de formação de professores sobre a História e Cultura Africana possibilitou a produção de diálogos ou a superação dos silêncios sobre as relações étnico-raciais entre os professores na Rede Municipal de Educação de Goiânia. A pesquisa teve início no estudo dos resultados do curso de formação para implementação da Lei nº 10.639/2003. Neste cenário,abordo as relações étnico-raciais na educação brasileira, através de pesquisas sobre a consciência de professores da questão racial e a produção existente de publicações sobre negro e educação, buscando evidenciar que a trajetória do Movimento Social Negro foi, e continua sendo, uma história importante para se entender a Lei nº 10.639/2003, bem como a legislação dela decorrente e para se entender ainda os processos de formação continuada de professores. A metodologia do trabalho envolveu a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental nos arquivos da Secretaria Municipal de Educação e as entrevistas. Os resultados da pesquisa foram analisados à luz do referencial teórico do materialismo histórico-dialético, que permitiu compreender as possibilidades e as contradições que a nova legislação impõe. Conclui-se que a formação continuada de professores para a educação das relações étnico-raciais não tem recebido, por parte dos gestores (federais, estaduais e municipais), a devida importância e que há uma resistência real do professorado quanto à temática racial e que grande parte do silêncio e omissão aparentemente está ligada não apenas ao desconhecimento das contribuições históricas da população negra à sociedade brasileira ou ao Mito da Democracia Racial, e que outros determinantes necessitam ser compreendidos.