Exportação concluída — 

O olhar que distorce o tempo e o espaço: mitocrítica do discurso científico na teoria da relatividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Samuel de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4014
Resumo: Nessa pesquisa, observamos como o discurso científico, nesse caso a Teoria da Relatividade, constituiu-se como um discurso persuasivo que postula não só verdades a respeito dos mecanismos de funcionamento do cosmos, mas afirma, acima de tudo, a si mesmo como ―o discurso‖ da verdade. Procuramos demonstrar que a estrutura persuasiva desse discurso corresponde à estrutura do discurso mítico e que, portanto, o discurso científico da Teoria da Relatividade é constituído por um mito diretivo. Nessa pesquisa, relemos os conceitos fundamentais da Teoria da Relatividade, sendo eles os conceitos de tempo e espaço, e como que o enaltecimento da figura do observador coloca, na esfera das ciências da natureza, as questões filosóficas que espelham as angústias humanas. Sendo assim, o discurso científico da Teoria da Relatividade se orienta pelas mesmas diretrizes motivacionais do discurso mítico. Postulamos que a ciência , assim como o mito, são discursos próprios de uma mentalidade curiosa desenvolvida pela espécie humana que busca satisfazer sua necessidade de conhecimento criando metodologias e epistemologias capazes de produzi-los. Dessa forma, tanto o discurso mítico quanto o discurso científico são respostas a essa mentalidade própria do homo sapiens e, portanto, desempenham a mesma função de prover satisfação a esse sujeito do conhecimento próprio do ser humano. Demonstramos que a teoria da relatividade filosoficamente trata dos temas das determinações do tempo sobre o homem e da luta desse homem contra o tempo e a morte. E que o discurso da teoria da relatividade tem como estrutura profunda o mesmo mitologema do mito de Zeus, e portanto, ele é uma atualização para as demandas e condições de verdade atuais do mito de Zeus como representação do homem que vence o tempo e se instaura como o centro do universo.