O jogo mancala Ayò na escola pluricultural Odé Kayodê: diálogos entre a etnomatemática e a decolonialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Campelo, Adriana Ferreira Rebouças
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Pró-Reitoria de Pós-graduação (PRPG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática (PRPG)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12927
Resumo: Este trabalho traduziu a intenção de compreender e identificar os conhecimentos Etnomatemáticos presentes no jogo africano Mancala/Ayò na Escola Pluricultural Odé Kayodê que dialogassem com a perspectiva intercultural e decolonial e analisar, mediante a utilização do referido jogo, quais aprendizagens matemáticas são apresentadas pelas crianças da Escola Pluricultural Odé Kayodê. Assim, recorremos ao jogo Mancala Ayò/Ori como uma ação educativa que valoriza os conhecimentos Etnomatemáticos de matriz africana e afro-brasileira, refletido no contexto escolar da Escola Pluricultural Odé Kayodê do Espaço Cultural Vila Esperança, ampliando o nosso olhar e criando formas contra hegemônicas. A escolha de investigar o jogo africano Mancala/Ayò parte da seguinte questão: como são construídos e compreendidos os conhecimentos Etnomatemáticos presentes no jogo africano Mancala/Ayó? Mediante a utilização do jogo, quais aprendizagens matemáticas são apresentadas pelas crianças da Escola Pluricultural Odé Kayodê? Como eles dialogam com a perspectiva decolonial? As rodas de conversas com as crianças foram centrais para as nossas compreensões, em que a conversação se destacou como caminho metodológico. A roda se apresenta como potencializador de diálogos interculturais pautados na Etnomatemática e no quadro de operacionalização da matriz metodológica, pautados na práxis decolonial, movida pelo contemplar, conversar e refletir. A proposta de Etnomatemática busca compreender o fazer e saber matemático das culturas marginalizadas, reconhecendo que todos os grupos culturais realizam e fazem matemática, e que dentro das universidades existe uma entre tantas outras matemáticas. É notório que reconhecer num jogo africano a presença de matemática é contribuir para a construção da nossa identidade, valorizando aqueles que foram marginalizados do processo de construção do conhecimento. Articulando num refazer contínuo, ecoando o fazer decolonial e intercultural, como processos que se entrecruzam reverberando forças, iniciativas e perspectiva ética que nos instigam a questionar, transformar, rearticular e construir.