A (RE)INVENÇÃO DO FIM: lugares, ritos e secularização da morte em Goiás no século XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SILVA, Deuzair José da lattes
Orientador(a): BORGES, Maria Elizia lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Programa de Pós-Graduação: Doutorado em História
Departamento: História
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/1228
Resumo: Esta tese indaga sobre os ritos de morte praticados em Goiás no século XIX. A base documental do trabalho foram os registros de testamentos e de óbitos relativos ao período. Até meados do século a morte ainda carregava várias características que remontam à centúria anterior. Na metade final a sociedade passa por um amplo leque de transformações: as idéias liberais em voga que desejam a separação do Estado da Igreja e/ou mesmo a romanização entabulada pela Igreja querendo se livrar das amarras regalistas; a crescente urbanização e modernização das cidades que provoca um reordenamento nas mesmas, vistas como um lugar de circulação, que juntamente com as doutrinas higienistas que pregam o fim dos enterramentos ad sanctus e sua transferência para fora das cidades como forma de melhorar a saúde pública. No bojo de tais mudanças estão também os ritos mortuários, que abandonam as preocupações com alma e se voltam para as questões materiais, caracterizados também pela secularização dos cemitérios. O rompimento aponta para um novo paradigma: a perda de controle por parte da igreja e das irmandades nos atos relativos à morte. As práticas ensinadas nos manuais de bem morrer de uma morte pública e notória, são substituídas por um ritual restrito à família. Vida e morte vivem tempos novos.