Identificação proteômica de alterações metabólicas em Paracoccidioides brasiliensis induzidas por derivado de chalcona
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular (ICB) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/11754 |
Resumo: | A paracoccidioidomicose é uma das mais importantes micoses sistêmicas na América latina. Ela ocorre a partir da inalação de propágulos dos fungos do gênero Paracoccidioides presentes nos solos, estando geralmente associada à contaminação de trabalhadores rurais, os quais são constantemente expostos a manipulação deste material potencialmente contaminado. Mesmo mais de um século após o seu descobrimento, o tratamento dessa infecção com o arsenal antifúngico atualmente disponível ainda representa um desafio, devido ao longo tempo de tratamento necessário, bem como à alta toxicidade dos medicamentos utilizados. Essas questões evidenciam a necessidade de pesquisas de desenvolvimento e caracterização de novos compostos com potencial para inibir o crescimento desses microrganismos. Nesse sentido, uma classe de moléculas denominadas chalconas, tem apresentado grande versatilidade por demonstrarem amplas propriedades biológicas, incluindo entre elas a atividade antifúngica. Através de uma metodologia de triagem virtual, um derivado chalcona nomeado de composto 3 foi identificado pelo nosso grupo como uma promissora molécula inibidora de Paracoccidioides spp. Dessa forma, com o objetivo de compreender o modo de ação do composto 3, utilizamos uma abordagem proteômica afim de identificar as proteínas induzidas e reprimidas de P. brasiliensis na presença do composto 3. Em adição, foram realizados ensaios de validação dos resultados encontrados. As análises indicaram que o composto 3 pode provocar um desequilíbrio na homeostase energética do fungo pela redução da atividade da via glicolítica, da beta-oxidação e do ciclo do ácido cítrico. As validações in vitro também demonstraram que espécies reativas de oxigênio se acumulam dentro das células durante a exposição ao composto 3, o que pode desestabilizar componentes celulares como a membrana plasmática. Em última análise, o ensaio de ancoragem molecular entre o composto 3 e a enzima diidropteroato sintase, que teve sua expressão induzida após o tratamento, sugere que o composto 3 possa atuar como um inibidor dessa proteína, prejudicando a síntese de folato que participa como cofator na biossíntese de nucleotídeos e alguns aminoácidos. Portanto, os dados suportam a eficiência do composto 3 em produzir desequilíbrios em vias chave para a manutenção metabólica do organismo, contribuindo para o seu papel antifúngico. |