O indianismo revisitado: A expedição Montaigne, de Antonio Callado
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Lingüística, Letras e Artes BR UFG Mestrado em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2395 |
Resumo: | Da Literatura de Formação e Informação até a contemporaneidade, o índio, sob as mais diversas formas e matizes, sempre é revisitado pelas obras literárias brasileiras. Nesse estudo, averiguamos o modo como o romance A expedição Montaigne (1982), de Antonio Callado, incorpora tematicamente em sua economia narrativa a questão do indígena. Essa tentativa de se compreender a abordagem do índio em um romance específico abriu espaço para reflexões mais amplas. Buscamos, então, entender de que facetas se revestiu a representação do índio no romance brasileiro contemporâneo, aqui entendido como aquele produzido a partir da segunda metade do século XX, amparados, principalmente, pelas reflexões de Walnice Nogueira Galvão, que se acham sistematizadas em um ensaio da década de 1970, de quem tomamos emprestado o termo indianismo revisitado . Além disso, discutimos o modo como os demais romances de Callado produzidos nesse mesmo período, também lidam com a temática do indígena e, paralelamente, com as questões prementes a um momento muito específico da história brasileira: a ditadura militar. Para tanto, pautamos nossas discussões nos estudos de alguns críticos a respeito das singularidades do contexto sócio-histórico, político e cultural brasileiro da segunda metade do século XX, como é o caso de Tânia Pellegrini, Regina Dalcastagné e Walnice Nogueira Galvão; bem como pelas leituras já realizadas sobre a obra romanesca de Antonio Callado, cujos principais estudiosos são Ligia Chiappini Moraes Leite, Alcmeno Bastos e Rejane Rocha. Assim, numa tentativa de articular as partes e obter um resultado significativo para o trabalho, buscamos finalmente refletir sobre como os recursos narratológicos são mobilizados em A expedição Montaigne, a fim de possibilitar tanto uma reavaliação das incongruências e dos efeitos nefastos do regime ditatorial que já estava se findando, quanto das contradições históricas e ideológicas que moldam a representação do indígena no romance brasileiro. |