Na ponta dos pés: notas sobre dança, cultura e políticas públicas em Goiás (1980 - 2018)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em História (FH) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/10041 |
Resumo: | Este trabalho procura estabelecer as relações entre Dança e História em Goiás, buscando compreender como esta prática se integra às políticas culturais existentes no Estado. Para tanto, foi necessário demonstrar como ocorreu o florescimento desta atividade na capital goiana, através da sistematização de seu ensino, da formação de profissionais locais, da produção artística na área e da abertura de espaços específicos para a sua vivência ao longo dos anos. Observou-se que a organização deste campo foi necessária para a implantação de escolas públicas especializadas no ensino de dança tanto na capital como no interior, assim como de órgãos públicos que passaram a gerenciar como o ensino desta linguagem deveria ser ensinado em redes públicas de educação. Utilizou-se como fontes de pesquisa os acervos de documentos de estabelecimentos públicos e privados vinculados ao universo da dança em Goiânia e em Goiás, documentos disponibilizados pelos arquivos públicos goianienses, entrevistas com profissionais locais da área, pesquisas com alunos egressos das escolas de dança goianas e bibliografia selecionada sobre historiografia de Goiás e de história da dança. A análise das fontes e das referências bibliográficas selecionadas demonstra que a dança, vista inicialmente como elemento estrangeiro civilizador dentro de uma cultura com raízes sertanejas, foi absorvida pela sociedade – a qual constituiu um habitus local através desta prática, com a formação de uma rede de sociabilidades que possui formas de relacionamento singulares. A inauguração de institutos públicos especializados no ensino de dança permitiu uma maior democratização do acesso a esta forma de arte; inicialmente voltados para a população mais carente, aos poucos eles passaram a propagar a ideia de “público” como significado de “para todos”. Mesmo possuindo currículos muito semelhantes, foram capazes de disseminar diversas possibilidades de fazer dança graças à adoção de diferentes filosofias de ensino. Tratados como elementos culturais modernizantes por distintos governos, têm suas propostas pedagógicas modificadas de acordo com as políticas culturais propostas por quem exerce o poder. Da mesma maneira, o traço personalista encontrado nas relações instituto/professor/aluno contribui para a fragilidade das propostas pedagógicas, assim como a desvalorização docente e a organização de processos seletivos para discentes cada vez mais excludentes. Se transformaram em modernos a partir da ressignificação feita por seus alunos do aprendizado recebido. |