O eu e a outra da colonização em Jane Eyre e Vasto mar de sargaços
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RMG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/13307 |
Resumo: | Esta dissertação propõe a leitura do romance inglês Jane Eyre (1847) e do romance caribenho Vasto Mar de Sargaços (1966), com o objetivo de traçar uma análise da representação feminina colonizada da personagem Bertha Mason/Antoinette Cosway ao longo das duas obras. Partimos da análise de que a narração da protagonista Jane reforça o estereótipo da mulher colonizada e corrobora para que o leitor construa a imagem de uma Bertha louca, violenta e desumanizada. Por outro lado, a escritora dominicana Jean Rhys constrói um romance cuja narrativa central é feita pela voz de Bertha/Antoinette, de maneira que a imigrante garante seu espaço de fala e pode contar aquilo que ficou confinado no sótão de Thornfield Hall. A metodologia a que se recorreu para realizar o trabalho foi a literatura comparada. Para fundamentar as análises propostas, o texto aborda produções científicas sobre o tema, a saber: Gabriela Souza Pinto (2017) Danielle Marques (2010); Ana Maria Zukoski e Wilma dos Santos Coqueiro (2017). Também lança mão de produções teórico-críticas e estudos acerca de identidade, colonialismo e estudos pós-coloniais, tais como: Retrato do Colonizado Precedido Pelo Retrato do Colonizador (MEMMI, 2007); The Madwoman in the Attic: the Woman Writer and the Nineteenth- Century Literary Imagination (GILBERT & GUBAR, 2000); e The Empire Writes Back: Theory and practice in post-colonial literatures (ASHCROFT et al., 2002). Ao final, apresentamos argumentos que sustentam que a narração de Jane Eyre desumaniza Bertha, e que em Vasto Mar de Sargaços, Antoinette conta ao leitor o que está por trás da desumanização de Bertha Mason. |