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Avaliação de fármacos anti-hipertensivos na resposta vascular da Angiotensina-(1-7) em ratos submetidos à sobrecarga pressórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Souza, Álvaro Paulo Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Biologia (ICB)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6786
Resumo: Segundo a Organização Mundial de Saúde (2013), as doenças cardiovasculares (DCV) são as maiores causas de morte no mundo, sendo a Hipertensão Arterial um dos principais fatores de risco. O Sistema Renina-Angiotensina (SRA) é um sistema fundamental para a regulação das funções cardiovasculares. Dentre os componentes do SRA, podemos destacar a Angiotensina-(1-7) [Ang-(1-7)]. Sabe-se que o efeito vasodilatador da Ang-(1-7) é dependente do endotélio. A hipertensão arterial acarreta conseqüências sobre a estrutura vascular, de forma especial no endotélio, acarretando a disfunção endotelial, nesta condição o efeito vasodilatador da Ang-(1-7) fica prejudicado. No entanto, tem sido demonstrado que algumas classes de anti- hipertensivos (BRA, iECA e BCC) são importantes na melhora da função endotelial. Porém, ainda não se sabe se estes fármacos podem melhorar o efeito vasorrelaxante da Ang-(1-7) em condições de sobrecarga pressórica. Como diversos trabalhos tem apontado a Ang-(1-7)/ Receptor Mas como um potencial terapêutico para as doenças cardiovasculares, é de grande importância um melhor conhecimento sobre a influência de fármacos anti-hipertensivos nos efeitos vasculares da Ang-(1-7). Desta forma, a proposta do trabalho foi avaliar a influência de fármacos anti-hipertensivos nos efeitos vasculares da Angiotensina-(1-7) em ratos submetidos à sobrecarga pressórica. Para isto, ratos Wistar foram submetidos à coarctação da aorta abdominal (CoA). Como controles, foram utilizados animais onde foi realizado o procedimento cirúrgico fictício (Sham). Decorridos 21 dias da coarctação, a pressão arterial (PA) foi registrada pela canulação da artéria carótida. Posteriormente, o efeito vasorrelaxante da Ang-(1-7) foi avaliado em anéis de ratos CoA com ou sem o pré-tratamento agudo (in vitro) de losartan 1 µmol/L, captopril 1 µmol/L ou anlodipino 1 µmol/L. Para avaliar o efeito do tratamento crônico (in vivo), os animais receberam os seguintes tratamentos:losartan 1 ou 5 mg/kg/dia, captopril 1 ou 5 mg/kg/dia, anlodipino 1 ou 5 mg/kg/dia ou DIZE 1 ou 5 mg/kg/dia.Ao final do tratamento, os anéis de aorta de ratos foram isolados para a realização da curva de Ang-(1-7). Os animais CoA apresentaram aumento da PA e nenhum dos tratamentos foi capaz de reduzir a pressão arterial. A sobrecarga pressórica diminuiu o relaxamento induzido por Ang-(1-7) nos anéis de aorta isolados. O pré-tratamento in vitro com losartan, captopril ou anlodipino restaurou o efeito vasorrelaxante promovido por Ang-(1-7). Entretanto, em anéis de aorta de ratos CoA pré-tratados “in vitro” com losartan e A-779 ou losartan e L-NAME, tiveram o vasorrelaxamento promovido por Ang-(1-7) abolido. Já o tratamento in vivo nos animais CoA com losartan 1 mg/kg/dia, captopril 1 mg/kg/dia, anlodipino 1 mg/kg/dia ou DIZE 1 e 5 mg/kg/dia não foram efetivos em melhorar o efeito vasorrelaxante da Ang-(1-7). No entanto, o tratamento com losartan 5 mg/kg/dia, captopril 5 mg/kg/dia ou anlodipino 5 mg/kg/dia melhorou a resposta vasorrelaxante da Ang-(1-7) em animais CoA. Estes resultados demonstram que o tratamento in vitro ou in vivo com alguns anti-hipertensivos (losartan, captopril ou anlodipino) foi capaz de melhorar o vasorrelaxamento promovido por Ang-(1-7) em aorta de animais submetidos à sobrecarga pressórica por mecanismos independentes da pressão arterial. Portanto, a utilização de Ang-(1-7) associada a doses sub-pressóricas de fármacos anti- hipertensivos pode ser uma nova ferramenta terapêutica para o tratamento da hipertensão arterial.