Manipulação do eixo “ECA2/ANGIOTENSINA-(1-7)/RECEPTOR MAS” no tratamento da disfunção erétil de ratos hipertensos e diabéticos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Neves, Nívea Cristina Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2159
Resumo: Estudos recentes têm estabelecido um novo eixo regulatório do Sistema Renina Angiotensina. Neste eixo, a Angiotensina-(1-7) [ANG-(1-7)] é produzida a partir da Angiotensina I (ANG I) e Angiotensina II (ANG II), através da atividade catalítica da isoforma 2 da enzima conversora de angiotensina (ECA2). Ao contrário do modelo clássico “ECA / Angiotensina II / receptor AT1”, o eixo “ECA2 / Angiotensina-(1-7) / receptor Mas” apresenta ações vasodilatadora e anti-proliferativa, além das atividades de natriurese e envolvimento com o sistema bradicinina-óxido nítrico. A ANG-(1-7), uma vez liberada nos sinusóides dos corpos cavernosos, pode estar relacionada com o processo de ereção peniana. Neste estudo, foi avaliada a importância de manobras farmacológicas que aumentam a atividade e/ou a concentração de componentes desse novo eixo no tratamento da disfunção erétil. Essas manobras incluíram a administração crônica de medicamentos que aumentam a formação da ANG-(1-7), inibidores da enzima conversora de angiotensina, enalapril e captopril, e um bloqueador de receptor AT1 para ANG II, candesartana. Essas manipulações farmacológicas, foram testadas em modelos animais que sabidamente apresentam disfunção erétil (DE), como ratos com hipertensão induzida por acetato de deoxicorticosterona (DOCA, 200 mg/Kg) ou NG-nitro-L-arginina metil éster (L-NAME, 25 mg/Kg/dia) e ratos com diabetes induzida por estreptozotocina (STZ, 40 mg/Kg). Os tratamentos com candesartana (2 mg/Kg/dia) ou enalapril (30 mg/Kg/dia) produziram uma redução na hipertensão induzida por L-NAME, que não foi acompanhada por melhora na função erétil. Pelo contrário, o tratamento com enalapril, nessa dose, reduziu o índice de ereção (razão PIC/PAM) quando comparados aos animais controles. No modelo de hipertensão induzida por DOCAsal, foi observada uma redução nos níveis pressóricos acompanhada de uma melhora significativa dos índices de ereção após o tratamento por 4 semanas com captopril (25 mg/Kg/dia) ou candesartana (2 mg/Kg/dia). A DE nos ratos hiperglicêmicos só foi observada após 8 semanas da injeção de STZ. Nesses ratos, o índice de ereção por estimulação do gânglio pélvico maior no modelo anestesiado foi significativamente restabelecido após o tratamento com captopril ou candesartana por 8 semanas. Nossos dados sugerem que a utilização crônica de captopril ou candesartana, manobras que aumentam os níveis circulantes de ANG-(1-7), apresentam um potencial no tratamento da DE de pacientes hipertensos e/ou diabéticos.