O governo Mauro Borges (1961-1964): o planejamento tecnocrático e os limites do personalismo populista
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Historia (FH) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4724 |
Resumo: | No início de seu mandato de governador pelo Partido Social Democrático (PSD), Mauro Borges Teixeira (1961-1964), lançou as bases com vistas ao desenvolvimento do estado de Goiás, por meio do Plano de Desenvolvimento Econômico, ou Plano MB, fundamentado em estudo, empreendido por técnicos da Fundação Getúlio Vargas (RJ), e estruturado com base no modelo de Fayol: Prever, Organizar, Planejar e Executar, com construção de um arcabouço institucional centrado no planejamento intervencionista. Esse modelo explica a proeminência dos tecnocratas/gestores nesta administração. Os gestores são pensados tomando como referência o marxista João Bernardo, atuando para garantir as estratégias necessárias e indispensáveis à organização geral e progresso do capitalismo, por meio das Condições Gerais de Produção (CGP). O Plano como instrumento de ações desenvolvimentistas abrangia uma reorganização do próprio estado, na medida em que à técnica que presidiu à sua construção e a estratégia do seu funcionamento como programa de investimentos articulava o estudo de disponibilidades financeiras, mediante o processo de planejamento-orçamento, selecionado os objetivos e propondo um cronograma de execução. Sob tal perspectiva, ao priorizar as CGP, garantiu mecanismos para manter a ordem e afastar as agitações políticas, bem como a instalação dos estabelecimentos de ensino, de hospitais, de instituições penais, de casas de detenção, de unidades sanitárias, de armazéns de grãos, serviços básicos de saneamento e de infra-estrutura urbana, tais como água e esgoto, energia elétrica, estradas, rodovias, pontes. Houve um esforço por parte de Mauro Borges em lançar mão de um perfil racional no modo de conduzir os negócios públicos estaduais, sem, contudo, alijar as práticas clientelistas e os interesses pessoais no cotidiano institucional. O modelo gerencial adotado por ele pode ser identificado como reformista conservador, e a ação estatal o lócus privilegiado para assegurar à modernização e a consolidação do projeto político de caráter ideológico desenvolvimentista em Goiás. |