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Perfil do exoproteoma e identificação de proteínas imunogênicas secretadas por Staphylococcus saprophyticus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Lucas Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5049
Resumo: Staphylococcus saprophyticus caracteriza-se por ser uma bactéria uropatogênica que causa infecção no trato genito-urinário especialmente de mulheres jovens. Alguns fatores de virulência já foram elucidados, no entanto, pouco se conhece do modo pelo qual esta bactéria acomete o hospedeiro humano. A uréase foi o primeiro fator de virulência descrito em S. saprophyticus, sendo responsável pela alcalinização do pH da bexiga de pacientes contaminados. Este estudo é o pioneiro tratando-se de S. saprophyticus na abordagem da proteômica e imunoproteômica do perfil de proteínas secretadas (exoproteoma) por esta bactéria. Um total de 44 proteínas secretadas inéditas foram detectadas por espectrometria de massas. Dentre as proteínas encontradas, cinco delas possuem papel fundamental na via glicolítica: triose-fosfato isomerase (TPI), enolase (ENO), gliceraldeído-3-fosfato-desidrogenase (GAPDH) e glicose-6-fosfato isomerase (GPI), no entanto, seu papel como proteína “moonlighting” já foi observado em diversos microrganismos. Através da imunoproteômica, foi possível detectar 18 espécies proteicas que reagiram no Wester-blotting, e 5 delas puderam ser identificadas por espectrometria de massas. A espécie proteica mais abundante identificada como imunogênica em S. saprophyticus, foi a transglicosilase IsaA (Immunodominant staphylococcal antigen A), sendo bem descrita em S. aureus como um fator de virulência. Outra proteína abundante identificada como imunogênica foi a Ssa (Staphylococcal secretory antigen), no qual, foi identificada em 3 isoformas. A enolase também foi identificada no imunoproteoma de S. saprophyticus. Foi possível concluir através destes resultados que S. saprophyticus possui uma gama de proteínas extracelulares capazes de promover a adaptação desta bactéria, algumas delas envolvidas na proteção contra o estresse oxidativo/nitrosativo (SOD e AhpC), além de possuir proteínas que tem a característica de incitar a resposta imune humoral de camundongos BalbC. Isso tudo nos leva a hipotetizar que S. saprophyticus possui mecanismos de defesa e virulência a fim de se proteger contra estresses exteriores e mecanismos para promover a patogênese no trato genito-urinário.