Análises proteômicas de cepas de Staphylococcus saprophyticus elucidam diferentes estratégias para virulência e infecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Karla Christina Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular (ICB)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12205
Resumo: Staphylococcus saprophyticus é uma bactéria Gram-positiva, coagulase negativa e é um dos agentes etiológicos mais comuns de infecções do trato urinário (ITU) em mulheres jovens sexualmente ativas. A infecção pode ser adquirida principalmente via relação sexual. Pouco se sabe sobre suas características moleculares no modelo de S. saprophyticus. No entanto, a plasticidade no perfil proteômico é detectada no gênero Staphylococcus e pode estar relacionada com a capacidade de infecção. Neste estudo, objetivou-se analisar as diferenças metabólicas entre três diferentes cepas patogênicasde S. saprophyticus (ATCC 15305, 7108 e 9325) utilizando abordagens proteômicas. Os dados proteômicos revelaram variações entre as cepas que podem levar a diferentes respostas no contexto de uma infecção. Existem diferenças no metabolismo de carboidratos, no metabolismo de aminoácidos e na defesa de patógenos contra as defesas do hospedeiro. A tiorredoxina foi uma das proteínas diferencialmente expressas entre as cepas; os níveis de tiol mostraram níveis semelhantes de tiol reduzido para as cepas ATCC15305 e 9325; em contraste, a cepa 7108 mostrou níveis consideravelmente baixos de níveis tiol reduzidos quando comparados com as outras cepas analisadas. A urease é um dos principais fatores de virulência do S. saprophyticus. As concentrações de urease citoplasmática variaram consideravelmente. A linhagem 9325 apresentou a menor atividade da urease citoplasmática, porém quando aplicada em ágar à base de uréia, apresenta alta atividade de urease, o que significa que provavelmente a maior parte da urease sintetizada é exportada para o meio extracelular. As cepas também foram analisadas. Outra característica importante está relacionada ao operon do metabolismo das purinas, que é altamente regulado na ATCC15305 e exerce uma influência sobre a produção de biofilme nesta linhagem. Estes resultados mostram que, apesar de pertencerem à mesma espécie, diferentes linhagens de S. saprophyticus apresentam comportamento diverso em resposta a diferentes contextos que o microrganismo pode enfrentar no hospedeiro.