Exportação concluída — 

Erosão urbana na bacia do córrego Santo Antônio em Aparecida de Goiânia/Goiás: análise e diretrizes para controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Oliveira, Carlos José Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5927
Resumo: O município de Aparecida de Goiânia contém a segunda cidade mais importante do Estado de Goiás. Abrange aproximadamente 292 Km2 e possui uma população de aproximadamente 336.392 habitantes (Censo 2000, IBGE). Devido à conurbação com a capital do Estado, Aparecida vem apresentando, sobretudo nos últimos pouco mais de 20 anos, uma intensa urbanização associada ao crescimento econômico e industrial em conseqüência do processo de metropolização de Goiânia, o que resultou numa apropriação rápida, intensiva e desordenada do solo urbano, por pessoas vindas de várias partes do estado e de outras regiões do país, em busca de trabalho e melhor condição de vida. A microbacia do Córrego Santo Antônio, com aproximadamente 157,39 Km2, representa 53,90% da área do município, contem praticamente toda a sua área urbana, possui uma maior densidade de canais de drenagem e apresenta o maior número de impactos ambientais negativos de todo o município. Nessa área, dentre esses impactos, constatou-se a ocorrência de 60 feições erosivas lineares (ravinas e voçorocas), de médio e grande porte, que vêm causando prejuízos sócio-econômicos à prefeitura, à população e vêm alterando a qualidade ambiental do município. Por esse motivo o tema erosão urbana e essa microbacia em particular foram escolhidos para este estudo, que objetivou investigar os diferentes tipos e distribuição das feições erosivas lineares e suas relações com os condicionantes do meio físico, inclusive uso e ocupação, e da disponibilidade de infra-estrutura urbana de modo a buscar a compreensão das suas causas e conseqüências, com vistas a subsidiar as ações de controle. Para atingir o objetivo da pesquisa fez-se necessário realizar a integração sistematizada de dados para identificar: a dinâmica e o comportamento atual dos processos erosivos; os condicionantes do meio físico para a compartimentação dos terrenos em unidades homogêneas; e as formas de uso e ocupação capazes de provocar alterações com efeitos de degradação do sistema em análise. Para tanto, implementou-se uma série de fases sucessivas de estudos, mediante o aprofundamento e detalhamento dos vários componentes do meio físico, que foram tratados desde uma escala mais geral e abrangente, com base em material geocartográfico existente e imagem de satélite Landsat ETM 7+ (2003) e técnicas de intercruzamento de mapas e cartas para elaboração das cartas de síntese, como de suscetibilidade e de risco à erosão linear, com apoio de geoprocessamento, até o detalhamento em campo dos focos erosivos mais representativos, que deram suporte às interpretações alcançadas. A partir da análise e interpretação do fenômeno na área foi possível, então, propor as medidas preventivas que devem estar contidas no planejamento urbano, adotando-se como unidades de análise a bacia hidrográfica. Os resultados apontam que a maioria dos focos erosivos é do tipo ravina, causada pela concentração dos fluxos hídricos superficiais em áreas naturalmente suscetíveis onde se constata, principalmente: falta ou insuficiência de infra-estrutura urbana, sobretudo de rede de microdrenagem urbana; impermeabilização do solo urbano, ligada às taxas crescentes de edificação e pavimentação; traçado e posição de lotes inadequados; insuficiência de áreas de infiltração urbanas como jardins e praças públicas; falta de conhecimento técnico adequado e/ou de recursos para controle preventivo e corretivo do fenômeno. Todos esses fatores são relacionáveis à ausência de Plano Diretor em momento anterior, pois que acaba de ser proposto recentemente, dentre outros, como acontece em inúmeras cidades brasileiras.