Avaliação da atividade antiproliferativa in vitro e antitumoral in vivo do composto LQFM030 no tumor ascítico de Ehrlich
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Medicina - FM (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (FM) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9894 |
Resumo: | A ativação da via p53 por inibição de MDM2 tem sido proposta como uma nova estratégia para o desenvolvimento de novos agentes antitumorais. Análogos da cis-imidazolina chamados nutlins apresentaram habilidade em bloquear a ligação da proteína p53 à MDM2, de forma a prevenir a degradação da p53 e exibir atividade antitumoral in vivo e antiproliferativa in vitro. Tendo em vista o potencial antitumoral dos nutlins e sua complexa produção, foram planejados e sintetizados análogos como o LQFM030, empregando a estratégia da simplificação molecular. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antitumoral in vivo e antiproliferativa in vitro do composto LQFM030 utilizando o modelo experimental do tumor ascítico de Ehrlich (TAE). Para a avaliação da atividade antitumoral in vivo foram utilizados camundongos swiss albinos machos tratados por 10 dias com 50, 75 ou 150 mg/Kg do composto LQFM030. Após o tratamento, a atividade antitumoral do composto foi avaliada pela diferença de peso e do volume de líquido ascítico, pelo número de células tumorais utilizando o teste de exclusão do azul de tripano, pela angiogênese peritonial e pela produção de VEGF. Os mecanismos antitumorais foram avaliados por citometria de fluxo e avaliou-se ainda os parâmetros hematológicos e bioquímicos dos animais. A atividade antiproliferativa in vitro foi avaliada em células do TAE pelo método da exclusão do azul de tripano e os mecanismos envolvidos na morte das células do TAE foram investigados por microscopia óptica e de fluorescência, citometria de fluxo, PCR em tempo real e western blot. Os dados foram analisados por análise de variância (one-way ANOVA) e teste a posteriori de Newman-Keuls para comparação de médias ou por teste de t com o auxílio do programa Graph pad prism. As médias foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. O composto LQFM030 foi capaz de inibir o tumor dos animais portadores do TAE de maneira dose-dependente, com uma DE50 de 150 mg/kg. Houve redução ainda na angiogênese peritonial, na produção de VEGF e o tratamento não alterou significativamente os parâmetros hematológicos e bioquímicos dos animais. O tratamento in vitro também apresentou atividade antiproliferativa e citotóxica concentração-dependente, aumentou a expressão da proteína p53 e ativou a via da p53 (através da ativação das proteínas p21 e p27 e redução da MDM2). O composto também causou retenção das células na fase G1 do ciclo celular e levou as células à apoptose. A apoptose ainda foi observada pela morfologia das células, pela fragmentação de DNA, pela externalização da fosfatidilserina e pela ativação de caspases iniciadoras e efetoras. A transcrição do gene p53 não foi afetada pelo LQFM030, indicando que a regulação da p53 foi pós-transcricional. Assim como os nutlins, LQFM030 apresentou atividade antitumoral in vivo e antiproliferativa in vitro, provavelmente por inibir a interação p53-MDM2 e reativar p53 com suas principais funções, a retenção no ciclo celular e a apoptose. Esses resultados sugerem que LQFM030 é um interessante candidato no desenvolvimento de novos agentes terapêuticos antitumorais. |