Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
FERNANDES, Orionalda Fatima Lisboa
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Orientador(a): |
SILVA, Maria do Rosário Rodrigues
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Medicina Tropical
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Departamento: |
Ciências da Saúde
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/1584
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Resumo: |
Diferentes características fenotípicas como formação de cápsula polissacarídica, a expressão de lacase determinando a melanização em substratos fenólicos e produção de enzimas é prováveis fatores de virulência presentes nas espécies do complexo Cryptococcus neoformans. Neste trabalho foi avaliada a espessura da cápsula e da parede celular de isolados de C. neoformans. A atividade da fosfolipase e a suscetibilidade in vitro de C. neoformans à anfotericina B, voriconazol e ao extrato bruto da planta Pimenta pseudocaryophyllus foram também realizados para estes isolados. Os constituintes da célula como cápsula e parede celular foram ainda analisados quando sob a ação dos antifúngicose do extrato bruto da planta. A melanização das células foi obtida usando-se o meio mínimo adicionado de L-DOPA, a produção de fosfolipase foi feita em meio contendo gema de ovo, enquanto a suscetibilidade in vitro do microrganismo foi realizada pelo método de microdiluição em caldo seguindo o protococlo do CLSI. As células extraídas de um meio indutor de cápsula foram submetidas a uma concentração correspondente a 0,5 vezes da CIM obtida no teste de suscetibilidade in vitro, sendo medido o tamanho da cápsula e parede de 30 células de cada isolado e a média destes valores foi calculada. Os valores da espessura da cápsula de isolados de C. neoformans melanizados variaram de 1,20 a 1,90 μm e de 2,63 a 5,12 μm em não melanizados, quando submetidos ao meio de indução de cápsula. Com relação à parede, a variação foi de 0,80 a 1,09 μm em células melanizadas e de 0,40 a 0,49 μm em não melanizadas. A diferença para as medidas de cápsula, como de parede mostrou-se com valores estatisticamente significantes (p <0,05). Todos os isolados de C. neoformans foram capazes de produzir fosfolipase, sendo que os isolados melanizados apresentaram atividade desta enzima em 85,3%, enquanto nos não melanizados o percentual foi de 79,5%. A suscetibilidade do microrganismo melanizado ou não aos antifúngicos e ao extrato da planta mostrou-se equivalente, com a variação de CIM para voriconazol de 0,062-0,125 μg/mL, 0,125-0,5 μg/mL para anfotericina B e de 64 a 128 μg/mL para o extrato bruto de P. pseudocaryophyllus. Os antifúngicos vorioconazol e anfotericina B e extrato bruto de P. pseudocaryophyllus, induziram redução de espessura da cápsula e parede celular de C. neoformans, quando comparados com o controle (ausência do fármaco ou da extrsto de planta) independente da presença ou não da melanina. As alterações verificadas na cápsula e parede celular de C. neoformans neste estudo poderão servir de guias para outras pesquisas direcionadas aos efeitos de antifúngicos na patogenia de criptococose. |