Viabilidade de massas ovígeras de Biomphalaria glabrata em filme de água e susceptibilidade a Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Duarte, Glennyha Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4200
Resumo: Biomphalaria glabrata são caramujos aquáticos e habitam coleções hídricas frequentemente efêmeras. Possuem alta capacidade reprodutiva, e massas ovígeras são postas em substratos submersos nas margens dos criadouros expostas ao ressecamento e a patógenos como fungos. Praticamente nada é sabido sobre a viabilidade de massas ovígeras em criadouros transitórios e a sua susceptibilidade a fungos. Estas informações são importantes para o controle desse caramujo hospedeiro intermediário de Schistosoma mansoni, causador de esquistossomose. O presente trabalho relata a viabilidade de massas ovígeras em filme de água e a susceptibilidade a Metarhizium ansiopliae e Beauveria bassiana. Massas ovígeras foram expostas em filme de água formado em dois dispositivos diferentes confeccionados, um com pedra de argila em copo com água e outro com meio ágar água com diferentes concentrações de ágar (0,3% - 3%) em placas de Petri em diferentes umidades relativas (UR > 98% e 75%). Conídios ou blastosporos de B. bassiana (ARSEF 9588) ou M. anisopliae (IP 46) (2 x 107 conídios ou blastosporos/massa ovígera) foram inoculados em massas ovígeras expostas em filme de água em pedra de argila ou submersas (2 x 107 conídios/ml ou blastosporos/ml). As massas ovígeras expostas em filme de água em pedra de argila ou em meio ágar água (ágar < 1%) em UR > 98% foram viáveis. A eclosão e o deslocamento de juvenis nos filmes foram observados independentemente do dispositivo testado (UR > 98%, ágar < 1%), exceto em UR 75% e em vidro sem filme de água. Micélio e conídios desenvolveram sobre massas ovígeras tratadas com conídios ou blastosporos de M. anisopliae em filme de água em pedra de argila (UR > 98%), e não houve eclosão de juvenis a partir de massas ovígeras tratadas com blastosporos de M. anisopliae. Em massas ovígeras submersas tratadas com blastosporos de M. anisopliae ou B. bassiana não houve eclosão de juvenis e em massas ovígeras tratadas com conídios a eclosão média acumulada foi < 52,5%. A viabilidade de massas ovígeras e o deslocamento de juvenis em ambos os dispositivos em UR > 98% foi devido à formação de filme de água estável. Blastosporos podem ter liberado metabólitos tóxicos que inibiram a eclosão de juvenis de B. glabrata. Ambos os dispositivos são promissores para testes com massas ovígeras em filme de água. A viabilidade de massas ovígeras em filme de água em condições laboratoriais deve ser considerada no controle de B. glabrata. Blastosporos de M. anisopliae e B. bassiana são promissores contra B. glabrata.