O modo imperativo no Português Brasileiro (PB) em regiões de antigos aldeamentos indígenas do território goiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Isabella Vilela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12474
Resumo: Esta dissertação apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como motivação inicial a possibilidade de que os atuais usos do modo verbal imperativo por falantes goianos poderiam ter alguma relação com os fatores histórico-sociais, já que, em um período constituído entre meados do séc. XVIII ao início do séc. XIX, foram construídos, pela Coroa Portuguesa e pelos jesuítas, aldeamentos indígenas que motivaram contatos linguísticos entre diferentes povos indígenas, em particular falantes de línguas do tronco Macro-Jê, com os falantes do Português e também de línguas faladas pelos africanos escravizados na época pelos colonizadores. Assim, a pesquisa partiu inicialmente da hipótese de que os atuais falantes de Português Brasileiro (PB), de algumas regiões do Estado de Goiás, poderiam fazer uso do modo verbal imperativo, considerando as influências de línguas de grupos que passaram pelo fenômeno de contato linguístico. Esse contato se deu durante o movimento migratório para a região central brasileira, sobretudo de bandeirantes em busca de enriquecimento aurífero e de jesuítas que almejavam a catequização de mais nativos. Nesse contexto histórico, destaca-se a instauração do Aldeamento de São José de Mossâmedes, conforme discussão propostas por estudos, como, por exemplo, os realizados por Chaim (1983), Apolinário (2005), Nascimento (2019) e Cândido (s.d.). Para a abordagem do contato linguístico entre os falantes de línguas indígenas e do Português Europeu, considerando as hipóteses sobre a formação do Português Brasileiro, a pesquisa pautou-se em Lucchesi (2009), Lucchesi e Baxter (2009) e Couto (2017) e Fortes (1945). Devido a essa consideração pelo imperativo, esta pesquisa considera o ato de fala imperativo/diretivo, como aborda a tipologia de Austin (975) e Searle (1969). Para o desenvolvimento desta pesquisa, tendo em mente as privações motivadas pela pandemia do Coronavírus, lidamos com dados goianos já coletados que integram o Laboratório da Língua de Goiás (LABOLINGGO), os quais foram disponibilizados pelo professor doutor Sebastião Elias Milani (2015), coordenador do projeto Atlas Linguístico de Goiás (ALINGO), além do fato de que comparamos estudos da gramática histórica referentes ao Português Europeu, pesquisas sobre as estruturas diretivas de línguas Macro-Jê, em especial os Xavante e Xerente, e trabalhos sobre a estrutura gramatical e as variações do imperativo no PB.