Extratos vegetais e compostos voláteis no controle de Monilinia fructicola in vitro e da podridão parda na pós-colheita de pêssegos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Baseggio, Ediane Roncaglio
Orientador(a): Giacobbo, Clevison Luiz, Galon, Leandro
Banca de defesa: Mazaro, Sérgio Miguel, Radünz, André Luiz
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1548
Resumo: A Monilinia fructicola causa a podridão parda em pessegueiros e se torna um fator limitante na produção e qualidade dos pêssegos, pois ocorre o apodrecimento dos frutos antes do ama-durecimento ou diminui seu período de pós-colheita. Assim produtos alternativos como extra-tos vegetais e óleos essenciais apresentam potencial para o controle desta doença. Desta forma foram desenvolvidos dois trabalhos sendo um in vitro e outro em pós-colheita de pêssegos buscando avaliar o efeito dos extratos de alho (Allium sativum), arruda (Ruta graveolens), car-queja (Baccharis trimera), capim – cidreira (Cymbopogon citratus), eucalipto (Eucalyptus globulus) e nim (Azadirachta indica), sobre o fungo Monilinia fructicola e no controle de po-dridão parda nos frutos. O primeiro trabalho foi in vitro, utilizando extratos aquosos autocla-vados e não autoclavados sobre o crescimento micelial e a germinação de conídios de Monili-nia fructicola. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repeti-ções cada, sendo a unidade experimental composta por uma placa de Petri®. O fungo foi isola-do a partir de frutos infectados em meio BDA (Batata-Dextrose-Ágar). Os extratos aquosos foram confeccionados utilizando 20 g do material vegetal para 100 mL de água destilada. Após diluído em meio BDA nas concentrações 0, 5, 10, 15 e 20%. Com a solidificação do meio, colocou-se discos de 0,5 cm de diâmetro, contendo o micélio e conídios do patógeno no centro de cada placa. Para avalição do óleo essencial avaliou-se a dose de 20 μL de cada óleo essencial, obtido por hidrodestilação, aplicados em papel filtro esterilizado, fixado no centro da tampa da placa de Petri®. As placas foram vedadas, incubadas em BOD a 25 ºC e fotoperí-odo de 12 h. Após 24 h iniciou-se a mensuração do crescimento micelial por 7 dias. No traba-lho em pós-colheita de frutos o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições, sendo a unidade experimental composta por 7 frutos. Os frutos, sem lesões e sem sintomas de podridão parda, foram colhidos, desinfestados e secos a temperatura ambi-ente. Em seguida mergulhados nos extratos por 30 min e armazenados em BOD a 25 ºC, foto-período de 12 h, por 24 h. Após foi inoculado M. fructicola na concentração 2x105 conídios mL-1. Depois da inoculação os frutos permaneceram em condições controladas e após 24, 48 e 72 h a inoculação coletou-se amostras do fruto com aproximadamente 1 cm² e 0,5 cm de pro-fundidade. Após esse período foi realizada a mensuração do teor de proteínas, açúcares totais e redutores, atividade das enzimas fenilalanina amônia-liase (FAL), β-1,3-glucanase e quitina-se. Ainda, avaliou-se o percentual de podridões dos frutos. Os resultados demonstraram no ex-perimento in vitro que todos os extratos, bem como o efeito volátil, possui potencial sobre a redução do crescimento micelial M. frutícola, sendo que tal ação apresenta especificidade de resposta em função das concentrações. Quanto ao efeito sobre a produção de esporos, tal po-tencial também é demonstrado, com exceção do extrato de arruda. Entre os extratos avaliados o de alho demonstrou destaque na supressão do crescimento micelial e esporulação do patóge-no. No experimento em pós-colheita os resultados demonstraram que os extratos avaliados, possuem potencial de induzir a resistência dos frutos à podridão parda, ativando as enzimas quitinase e fenilalanina amônia-liase. No entanto, o extrato de alho, além de demonstrar desta-cável potencial de ativar tais mecanismos de defesa, atua na redução da podridão de frutos de pêssego causada por M. fructicola.