Educação escolar no ambiente prisional: sob o olhar das experiências dos sujeitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Brancalione, Jéssica Mara
Orientador(a): Loss, Adriana Salete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4051
Resumo: A presente pesquisa objetiva estudar a educação prisional numa unidade prisional de segurança máxima do interior de Santa Catarina – a Penitenciária Industrial de Chapecó. A grave situação dos presídios nacionais vem levantando fervorosos debates sobre quais medidas devem ser tomadas para o enfrentamento da violência nesses ambientes. A educação mostra-se um caminho adequado e promissor para aqueles que acreditam na ressocialização do detento. Contudo, sabe-se que a educação prisional não encontra na realidade concreta das nossas unidades prisionais um espaço educativo adequado à formação humana ressocializadora. Nesta perspectiva, a presente dissertação apresenta como problema de pesquisa a questão: Quais as experiências dos detentos, dos agentes penitenciários e dos professores em relação a educação escolar na Penitenciária Industrial de Chapecó-SC? Trata-se de pesquisa bibliográfica, documental, e de campo em que realizou-se Entrevistas Narrativas e Diário de Bordo, em que buscou-se analisar as experiências de agentes penitenciários, professores e alunos/detentos acerca do ambiente prisional e da educação formal. Concluiu-se que os sujeitos de pesquisa entendem a educação como caminho para o trabalho, sem, contudo, considerar o papel crítico que a educação pode ter, demonstrando a obediência, tradicionalmente entendida como passividade, que é analisada por Foucault em sua positividade, no sentido de que o corpo é constrangido, submetido e sujeitado por forças que visam tirar dele seus efeitos úteis, que visam torná-lo, ele próprio, produtivo. No entanto, em um suspiro de esperança, ainda acredita-se que o papel emancipador da educação está minimizado em sua capacidade, e que a educação escolar pode sim ser uma grande aliada em busca da sonhada ‘ressocialização’.