Leitura literária e educação de jovens e adultos: humanização e ressocialização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Maria Das Candeias Fernandes De Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106181
Resumo: A pesquisa debruça-se sobre a modalidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA, principalmente na Educação Prisional, tendo como público-alvo, da investigação, pessoas em restrição de liberdade que se encontram matriculadas na educação básica, especificamente, no segundo segmento. Tem por objetivo compreender qual a contribuição do ensino da leitura literária na humanização e na ressocialização de jovens e adultos com restrição de liberdade. Partimos do pressuposto de que a leitura literária desempenha um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem comprometido com o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo, por meio da prática pedagógica docente-discente, que auxilia na interação entre os sujeitos, pautada na dialogicidade e na coletividade, com vistas à humanização dos sujeitos e do mundo. De natureza qualitativa, o trabalho utiliza estudos da pesquisa participante, por meio de uma metodologia constituída pelo estudo bibliográfico, descritivo e documental de registros realizados na disciplina de Língua Portuguesa e entrevistas semiestruturadas com discentes custodiados e professores que tiveram a experiência em salas de aula de ambientes prisionais. Os dados coletados são examinados com base na análise de conteúdo de Bardin (2011). Para tratar da concepção de humanização, recorremos a Paulo Freire (1987, 1981, 1967, 1982, 2000, 2021), Mendonça (2008) e Braga (1998, 2015, 2012). Para trabalhar a temática de Educação Prisional na EJA, abordamos estudos de Foucault (1987), Julião (2013), Onofre (2007, 2014) e Soares (2015) e dissertamos sobre a leitura literária amparada em Silva e Aguiar (1988), Sousa (2016), Zappone (2003), Fish (1980) e Vidal et al (2014). O trabalho tem como locus de pesquisa as Unidades Prisionais dos municípios de Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte, vinculadas ao Centro de Educação de Jovens e Adultos Dr. José Nilson Osterne de Oliveira – CEJA. A análise dos dados nos permite afirmar que a prática de leitura literária, desenvolvida no Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, dá voz ao sofrimento do encarcerado e contribui com a reestruturação do modo de pensar, sentir e agir de detentos e egressos, haja vista que alguns obtiveram êxito em instituições educacionais públicas estaduais e federais de Ensino Médio e Superior. Palavras-chave: EJA. Educação Prisional. Leitura Literária. Humanização. Ressocialização.