"O lugar que é meu e seu": ações educativas nos espaços não-formais a partir do patrimônio histórico cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barboza, Vania Maria
Orientador(a): Gritti, Isabel Rosa
Banca de defesa: Gritti, Isabel Rosa, Ribeiro Jr., Halferd Carlos, Soares, André Luiz Ramos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3643
Resumo: A Educação Patrimonial é um recurso metodológico que oportuniza, que crianças e adultos tenham contato com bens e fenômenos culturais e, ao atribuir-lhes significados, percebam a importância de sua preservação por serem referências de identidade e memória. Este estudo teve como objetivo discutir a Educação Patrimonial, nos espaços não-formais, como instrumento fundamental na construção da cidadania. Sua proposta foi desenvolvida por meio de uma pesquisa qualitativa, na modalidade de pesquisa-ação, aplicada a grupo de crianças e adolescentes que participam de atividades socioeducativas no Programa de Integração AABB Comunidade, no município de Erechim. Esta proposta de estudo apresenta relevância acadêmica, pois permitiu discutir a Educação Patrimonial em um espaço de educação não-formal como instrumento para a construção da cidadania, da identidade cultural, de memória e do sentimento de pertença, que são as categorias de análise. A relevância social da proposta de Educação Patrimonial na educação não-formal se efetivou em forma de inclusão social, uma vez que oportunizou que os estudantes se percebessem como seres históricos que, ao sentirem-se parte do patrimônio cultural, desenvolveram o sentimento de pertença e identidade, o que possibilita defenderem seus direitos como cidadãos. Analisar as falas e as atividades realizadas a partir das categorias elencadas possibilitou demonstrar que tratar a Educação Patrimonial de forma crítica pode conduzir os indivíduos à sua emancipação, a se verem como sujeitos pertencentes aos espaços de memória, formando a sua identidade e, consequentemente, a se sentirem cidadãos. O sentimento de pertença, também resultado das atividades propostas, fez com que os alunos se vissem como parte do espaço que consideram seu patrimônio, portanto, a identidade tornou-se uma consequência. Por esse motivo, a Educação Patrimonial, ao ser libertadora e reflexiva leva os indivíduos a compreenderem a sua realidade pelo entendimento da memória histórica e dos fatos passados e o papel dos educadores é primar que o patrimônio cultural não seja utilizado para naturalizar a injustiça e a violência social, mas ser inclusivo e promotor de justiça social.