A primavera das mulheres: a reconfiguração da esfera pública na era das redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Seffrin, Mariana
Orientador(a): Soares, Cássio Cunha
Banca de defesa: Soares, Cássio Cunha, Gomes, Simone da Silva Ribeiro, Souza, Fábio Francisco Feltrin de, Bem, Daniel Francisco de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3835
Resumo: O crescimento do feminismo, e dos movimentos subalternos e de identidades em geral, está relacionado ao processo de formação de opinião pública que acontece na internet: a prática social da troca comunicativa estabelecida entre os diversos sujeitos em rede fez com que o feminismo se popularizasse, se tornando um dos eixos centrais da discussão pública no início do século XXI. Articulando os conceitos de esfera pública, desenvolvido por Jürgen Habermas, e de espaço público, de autoria de Hannah Arendt, elabora-se a possibilidade do surgimento da esfera pública virtual, um espaço de auto comunicação social, mediado por plataformas digitais. A esfera pública virtual se estabelece como um espaço de disputas discursivas e políticas. As mulheres feministas utilizam a internet como espaço de vocalização, produzindo agenciamentos políticos de gênero, discursos e narrativas a partir de um ponto de vista localizado no feminino; devido ao formato e às características da web 2.0, essas produções discursivas se espalham disputando a opinião pública através do debate. As publicações digitais Escreva Lola escreva e Capitolina aparecem como estudos de caso do funcionamento da esfera pública virtual, explicitando duas de suas características particulares: a interação entre autor e leitor e entre os leitores e da publicação de discursos produzidos por mulheres sobre si. Traça-se um esboço das possibilidades de ação política emancipada (em um ambiente controlado por corporações monopolistas) e dos processos de horizontalização dos movimentos sociais subalternos.