Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2021 |
| Autor(a) principal: |
Kucharski, Karina Wahhab |
| Orientador(a): |
Battisti, Iara Denise Endruweit |
| Banca de defesa: |
Riffel, Ana Paula Konzen,
Rotta, Edemar |
| Tipo de documento: |
Dissertação
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas
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| Departamento: |
Campus Cerro Largo
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4624
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Resumo: |
O câncer é apontado como o principal problema de saúde pública e figura entre as quatro principais causas de morte prematura no mundo. É consenso na literatura a associação entre câncer e exposição aos agrotóxicos em trabalhadores rurais. O Brasil é, atualmente, o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo, ao mesmo tempo, que o uso desses compostos contribui para uma maior produtividade no campo, causam impactos negativos na saúde humana. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com câncer entre os anos de 2009 a 2019, em tratamento em uma Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) localizada na região de saúde com maior consumo de agrotóxicos com maior criticidade do RS. Método: estudo transversal de caráter descritivo. A revisão da literatura foi realizada com busca de artigos, utilizando palavras-chaves prédefinidas, publicados entre 2009 e 2019, na base de periódicos Pubmed. Os dados dos pacientes, residentes nos municípios da região de saúde Fronteira Noroeste, com diagnóstico de câncer entre os anos de 2009 e 2019 foram obtidos de um banco de dados informatizado da UNACON. As variáveis, sexo, idade, tipo de ocupação e tipo de câncer foram utilizadas para analisar o perfil dos pacientes, comparando a prevalência com outros locais do Brasil e com a literatura. Os dados sobre mortalidade por câncer nos municípios da região de saúde Fronteira Noroeste foram obtidos no site do DATASUS. Resultados e discussão: Oitenta foram os artigos que compuseram a revisão da literatura. A revisão mostrou que, diversos cânceres têm associação a exposição aos agrotóxicos em trabalhadores rurais. Entre os trabalhadores rurais, avaliados na UNACON, a ocorrência de câncer foi maior entre homens, tradicionalmente mais expostos aos agrotóxicos nas atividades laborais. Os cânceres com maior ocorrência, neste sexo, foram de próstata, com maior destaque, seguidos de brônquio e pulmão, pele (melanoma), esôfago, cólon e reto. No sexo feminino, entre as trabalhadoras rurais, o destaque foi o câncer de mama, com o maior percentual, seguido de pele (melanoma), cólon, reto e brônquio e pulmão. Referente a mortalidade por câncer, no período de 2009 a 2019, foram 4.207 mortes por câncer na região de saúde Fronteira Noroeste, destacando-se as neoplasias de traqueia, brônquios e pulmões (16%), do colo, reto e anus (8%), próstata e mama (7% cada uma), pâncreas e esôfago (6%), meninges, encéfalo e outras partes do Sistema Nervoso Central e de estômago (4%). Os dados de mortalidade da região de saúde Fronteira Noroeste se assemelham as estatísticas nacionais e estadual. Conclusão: O estudo indica que trabalhadores rurais e pessoas residentes em área rural expostas aos agrotóxicos têm maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer, principalmente os trabalhadores do sexo masculino. No campo da saúde pública o estudo indica a necessidade de ampliar e qualificar a política nacional de atenção a população rural, priorizando a prevenção, a detecção precoce e a orientação destes trabalhadores, alertando sobre os riscos à exposição aos agrotóxicos e, principalmente, pela integração com outras áreas governamentais e com diferentes setores da sociedade. |
