Influência da suplementação de biomassa fermentada de casca de mandioca (Manihot esculenta) na qualidade da carne de camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii (de man, 1879)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Volff, Vanderleia
Orientador(a): Cazarolli, Luisa Helena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3867
Resumo: Nos últimos anos, a criação de camarões de água doce vem se destacando devido aos diversos benefícios nutricionais da carne, sendo a alimentação ofertada ao animal um fator importante para a qualidade da carne. Em busca de melhor qualidade e redução de custos na produção, é notável o aumento da busca por ingredientes alternativos adicionados à ração dos camarões, entre eles estão a biomassa fermentada de resíduos agroindustriais. O objetivo geral deste trabalho foi estudar o efeito da suplementação de biomassa fermentada proveniente de casca da mandioca vermelha (Manihot esculenta) na composição corporal e qualidade da carne do camarão de água doce Macrobrachium rosenbergii. Os animais foram suplementados com 0%, 3%, 5% e 10% de biomassa fermentada na ração por 50 dias e posteriormente realizadas análises da carcaça fresca: composição química, atividade de água, acidez titulável, pH, proteína carbonilada e perfil de ácidos graxos. Também foram realizadas análises de pH, TBARS (Substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico), bases voláteis e perfil de ácidos graxos em animais armazenados congelados, no tempo inicial, 3, 6 e 9 meses de armazenamento. Sobre a composição química houve diferença significativa para lipídeos, com aumento da concentração de lipídeos nos tratamentos 5 e 10% (p <0,05) e aumento da concentração de ácidos graxos em animais suplementados com 3% e 5% de biomassa (p<0,05). Para as análises de carcaça armazenada, houve aumento de TBARS e bases voláteis ao longo dos meses de armazenamento, porém, ainda dentro dos limites recomendados pela legislação (p<0,05). Para o perfil de ácidos graxos no armazenamento, houve diferença significativa com aumento da concentração nos 3 meses de armazenamento, início da diminuição desta concentração aos 6 meses e redução acentuada da concentração aos 9 meses de armazenamento. Os resultados encontrados indicam que a biomassa fermentada pode ser adicionada à ração, sem prejuízos à carne, tendo como vantagem o aumento de ácidos graxos, principalmente os poliinsaturados que promovem diversos benefícios a saúde humana.