Efeitos de unidade e diversidade na escritura brasileira da história da língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rybandt, Raquel
Orientador(a): Silva Sobrinho, José Simão da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/766
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar discursivamente o processo de escritura brasileira da história da Língua Portuguesa, considerando-se a escritura como efeito da relação da língua com a história. Mais especificamente, para compreendermos a escritura da História da Língua Portuguesa, analisamos os efeitos de unidade e diversidade nas gramáticas brasileiras, considerando quais efeitos de (des)continuidade e apagamentos esses discursos produzem, e como engendram sentidos na história da língua. Para isso, temos como perguntas de pesquisa: (i) Quais são os efeitos de unidade e diversidade produzidos na escritura da história da Língua Portuguesa no Brasil? (ii) A que concepção de língua está filiada essa escritura? (iii) Que política de línguas é sustentada por essa escritura da história da Língua Portuguesa? O arquivo para tal estudo é composto por textos de gramáticas de autores brasileiros que abordam a história da Língua Portuguesa. Neste arquivo, recortamos para análise sequências discursivas nas quais se formulam sentidos para unidade e diversidade da língua, sentidos que são analisados pela filiação das sequências às formações discursivas e ideológicas. Concluímos que a discursividade da colonização é predominante. Funcionam nas gramáticas analisadas sentidos de uma política linguística que homogeneíza a língua, mas essa discursividade não trabalha livre da contradição, pois compreendemos que o discurso da descolonização funciona no discurso colonizador, e vice-versa. A pesquisa foi realizada na perspectiva da História das Ideias Linguísticas, articulada à Análise de Discurso desenvolvida, sobretudo, a partir dos trabalhos de Michel Pêcheux e de Eni Orlandi.