Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Rech, Elisangela |
Orientador(a): |
Snichelotto, Cláudia Andrea Rost |
Banca de defesa: |
Hentz, Maria Izabel de Bortoli,
Luz, Mary Neiva Surdi da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3891
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Resumo: |
Este trabalho de pesquisa tem como objetivo investigar o tratamento da variação linguística na Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias – Língua Portuguesa do ENEM de 1998 a 2018 à luz da Sociolinguística Variacionista e da Sociolinguística Educacional. Inicialmente, sumarizamos brevemente o percurso histórico, a constituição e as características da Prova de LCT – LP do ENEM no período de 20 anos. Também, realizamos o levantamento bibliográfico de alguns estudos sobre a variação linguística na prova de LCT – LP do ENEM. Na sequência, apresentamos o aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, segundo Weinreich, Labov e Herzog ([1968] 2006) e Labov ([1972] 2008), da Sociolinguística Educacional (BORTONI-RICARDO, 2004; 2005) entre outros. Na sequência, discorremos sobre as decisões metodológicas adotadas, a partir da perspectiva de análise quali-quantitativa. Após, nos dedicamos à análise do tratamento da variação linguística na Prova de LCT – LP do ENEM. Nosso levantamento resultou em 89 questões objetivas que estão diretamente ligadas ao fenômeno da variação linguística. Aferimos que essa temática foi mais frequente na segunda fase do ENEM do que na primeira fase. Em nossa amostra, não localizamos nenhuma questão relacionada ao tratamento da variação linguística nos anos de 1999 e 2003, destoando do que é preconizado pelos documentos oficiais. Quanto ao tipo de variação, identificamos nove tipos diferentes relativos à dimensão interna e externa da variação, o que demonstra a necessidade de o tema ser contemplado com maior aferição pelo professor do componente curricular de Língua Portuguesa nas instituições escolares. As questões que envolvem fenômenos relacionados à dimensão social foram mais recorrentes do que as que abrangem a dimensão linguística. Constatamos também diversidade no uso gêneros discursivos nos dois períodos de análise. Nossos resultados também revelaram que os gêneros da modalidade escrita são mais recorrentes que os da modalidade oral e os híbridos (escritos e orais). Quanto ao tocante ao domínio discursivo, os gêneros ficcionais foram os mais recorrentes no Exame, seguido do instrucional e do jornalístico e, com menor somatização, os gêneros dos domínios discursivos publicitário, interpessoal, jurídico, comercial, lazer e religioso. Por fim, ao optarmos pelo recurso analítico do contínuo oralidade-letramento, constatamos que a maior parte dos gêneros discursivos presentes na Prova objetiva de LCT - LP está situado em eventos de letramento embora também tenhamos constatado gêneros situados, em menor quantidade, nos eventos de oralidade. Assim, sugerese o aumento dos gêneros voltados à oralidade no ENEM, visto que os documentos respaldam a modalidade e também porque é uma forma de incentivar ainda mais os candidatos ao ENEM a revelarem o “camaleão linguístico" que cada um carrega dentro de si. Palavras-chave: ENEM. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Gêneros discursivos. Variação diamésica. Sociolinguística Variacionista e Educacional. |