Resistência e agonística no discurso de Linn da Quebrada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Jackson Carvalho da
Orientador(a): Butturi Junior, Atilio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4050
Resumo: A partir dos estudos foucaultianos, esta dissertação tem como objetivo analisar o jogo e os limites entre as resistências e as relações de saber-poder no discurso de Linn da Quebrada. O trabalho, incialmente, parte de algumas mudanças estratégicas de Foucault, a partir do final da década de 1970, para abordar um outro eixo produtor de subjetividade, a ética. O deslocamento do autor consiste na ampliação do conceito de poder pela noção de governo, entendido como maneira de conduzir as condutas. Esse deslocamento permite a Foucault analisar outros modos de governo, como o governo de si. Nessa modalidade de subjetivação o que está em jogo é a relação do sujeito consigo mesmo, de modo que seria possível produzir efeitos sobre si e sobre os outros. Nesse sentido, o presente trabalho busca identificar elementos no discurso de Linn da Quebrada, que possam sinalizar tensionamentos nas relações de poder e deslocamentos em sua subjetividade, o que será entendido aqui como resistência. Para isso, a pesquisa traça a constituição de dispositivos de raça, gênero e sexualidade, enfatizando o caráter biopolítico produtor de morte dos respectivos dispositivos, para posteriormente identificar tensionamentos e desestabilizações no interior dessas tecnologias de poder. O material de análise consiste em um conjunto de entrevistas concedidas pela artista entre 2016 e 2019 e de sua produção fonográfico. O corpus será analisado a partir de três categorias centrais, a saber: a veridicção, um discurso viado, e a violência. As conclusões apontam para a permanência de uma relação de incitação mútua, entre a tanatopolítica e um campo de resistência dos sujeitos. De modo que, o discurso de Linn da Quebrada se vale do próprio corpo como campo de disputa e de enfrentamento mediante uma estética.