Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Demichelli, Fernanda Natalí |
Orientador(a): |
Cazarolli, Luisa Helena
,
Francisco, Cátia Tavares dos Passos
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
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Departamento: |
Campus Laranjeiras do Sul
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/189
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Resumo: |
O uso abusivo de glifosato, um dos agrotóxicos mais utilizados no Brasil, está relacionado a problemas de saúde e ao ambiente. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo isolar, avaliar a capacidade de crescimento ou degradação e posteriormente identificar microrganismos autóctones degradadores de glifosato de um solo com uso intensivo deste agrotóxico. Foram coletadas 12 amostras de solo aleatoriamente (0-10 cm de profundidade), homogeneizadas e após transferido 1 g da amostra para erlenmeyer contendo 50 mL de meio mineral (MM) (g/L, KCl 0,7; KH2PO4 2,0; Na2HPO4 3,0; NH4NO3 1,0; MgSO4 1,0; FeSO4 4,0; MnCl2 0,2; CaCl2 0,2; pH 7,2) com 100 mg/L de glifosato (única fonte de carbono) com 3 transferências subsequentes (1 mL) a cada cinco dias, incubando a 28 °C. Após, foi realizada a contagem em placas e as bactérias e fungos morfologicamente diferentes foram isolados em ágar nutriente e sabouraud com 300 mg/L de glifosato, respectivamente. A seguir, os fungos foram incubados em ágar MM sólido com 300 mg/L de glifosato, como única fonte de carbono, a 28 ºC/14 dias. Foi realizada a medida diária do crescimento micelial radial e calculada a velocidade de crescimento por meio de regressão linear dos raios das colônias. Do total de 18 fungos isolados, 11 utilizaram o glifosato como fonte de carbono. Foram identificados oito gêneros de fungos filamentosos e dois falsos fungos, que apresentaram as maiores velocidades de crescimento radial. Os gêneros que mais se destacaram foram: Aspergillus sp., Fusarium sp., Penicillium sp. e Geotrichum sp. Foram isoladas 25 bactérias (47% bacilos gram negativas), destas, seis permaneceram viáveis até o experimento de degradação de glifosato. Para o preparo do inóculo bacteriano, uma alçada foi transferida para erlenmeyers com 100 mL de caldo nutriente e 300 mg/L de glifosato, incubado a 150 rpm/48 h. Após três lavagens (MM), o inóculo foi padronizado (escala de McFarland). O ensaio do potencial de degradação das bactérias isoladas foi realizado com a incubação do inóculo (5x106 UFC/mL) em MM na ausência/presença de diferentes concentrações de glifosato (300, 500 e 700 mg/L) utilizando o indicador redox 2,6-diclorofenol-indofenol (DCPIP), incubadas em estufa (28 ºC) e realizadas medidas espectrofotométricas a 600 nm no período de 0-120h. As 6 bactérias testadas apresentaram velocidade degradação de DCPIP nas concentrações testadas, indicando que possivelmente utilizaram o glifosato como fonte de carbono. A bactéria B8, relativamente às demais, foi a que mais reduziu a quantidade de DPCIP. Os resultados sugerem que os microrganismos isolados são tolerantes e apresentam alto potencial de degradação de glifosato, podendo ser utilizados em futuros estudos de biorremediação de solos contaminados com este agrotóxico. |