Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Leisa Aparecida Gviasdecki de |
Orientador(a): |
Cordeiro, Maria Helena Baptista Vilares |
Banca de defesa: |
Maluf, Maria Regina,
Kratochvil, Claudia Finger |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Campus Chapecó
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3834
|
Resumo: |
O livro didático é um produto cultural e um importante suporte na organização do trabalho pedagógico dos professores alfabetizadores. Muitas vezes, ele se torna o único recurso didático disponível para promover o ensino e a aprendizagem. Partimos do pressuposto que esse recurso pode servir de instrumento de apoio aos alfabetizadores, na tentativa de suprir aspectos formativos ou facilitar a organização pedagógica escolar. Contudo, para isso, deve conter informações e sugestões que auxiliem os professores nessa empreitada. Diante desse contexto, esta pesquisa teve como objetivo identificar os conhecimentos linguísticos e/ou compreensões psicolinguísticas que são promovidos na resolução das tarefas propostas nos livros didáticos utilizados em uma escola da rede municipal de uma cidade do Sudoeste do Paraná. A pesquisa fundamenta-se em achados da psicolinguística, da psicologia do desenvolvimento e da psicologia cognitiva. Procuramos estabelecer um diálogo entre diferentes perspectivas, pois consideramos que é possível construir uma compreensão mais ampla sobre a apropriação do sistema de escrita se levarmos em conta as descobertas de autores que realizaram suas pesquisas a partir de perspectivas diferentes. De uma forma geral, essas pesquisas mostram a existência de uma estreita relação entre o desenvolvimento das habilidades metalinguísticas e as compreensões que as crianças vão elaborando sobre a natureza do sistema de escrita. Assim, realizamos a análise nos livros didáticos do 1º ano do Ensino Fundamental do Sistema de Ensino Aprende Brasil, adotados no Programa Escola 2030, implementado no município. Constatamos que o livro didático apresenta tarefas de reconhecimento de letras que promovem a identificação visual de sua forma gráfica e o conhecimento do seu nome. Também apresenta algumas tarefas no nível das unidades intrassilábicas (rimas e aliterações) usando textos como poemas e trava línguas, que, além de promoverem implicitamente a consciência textual e sintática, contribuem para o desenvolvimento da consciência fonológica, já que envolvem as crianças e as levam a focar a atenção nos sons da língua. No que se refere ao desenvolvimento da consciência fonêmica, o livro didático propõe várias tarefas de (des)codificação fonológica que têm o potencial de promover a consciência fonêmica a partir do conhecimento das relações entre grafemas e fonemas. No entanto, observamos algumas insuficiências em relação ao ensino da escrita em um sistema alfabético, como a falta de clareza na finalidade das tarefas à luz dos conhecimentos científicos acerca do processo de apropriação desse sistema e, sobretudo, a falta de orientação mais explícita para as professoras sobre o potencial das tarefas ou de explicitar o que realmente é importante nessas tarefas, de forma que as professoras pudessem modificá-las, ampliá-las ou produzir outras semelhantes, com base nas necessidades das crianças. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para as alfabetizadoras tomarem consciência das relações entre os conhecimentos teóricos e a prática pedagógica, de forma a escolherem, avaliarem e criarem tarefas de acordo com as necessidades específicas das crianças. |