Língua e direito - uma relação de nunca acabar: (des)construções acerca do imaginário linguístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lorenset, Rossaly Beatriz Chioquetta
Orientador(a): Luz, Mary Neiva Surdi da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/768
Resumo: Esta dissertação inscreve-se no discurso sobre (MARIANI, 1998; ORLANDI, 2008; VENTURINI, 2009) o ensino de Língua Portuguesa no Ensino Superior em curso de graduação em Direito, com o enlace dos pressupostos teóricos da Análise de Discurso da vertente francesa pecheutiana (AD) em diálogo com a História das Ideias Linguísticas (HIL): um percurso que propicia analisar o imaginário de língua, as vertentes de ensino e os saberes linguísticos mobilizados no ensino de Língua Portuguesa em nível superior. A partir de arquivo documental-institucional, analisam-se os ementários dos componentes curriculares de Língua Portuguesa I e II – também nas nomenclaturas congêneres de Português Aplicado ao Direito e Produção de Textos – por meio de estudo do Projeto de Criação do Curso de Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc Xanxerê, em 2000, ano da criação do curso, até 2013, ano da última alteração e reformulação do Plano Pedagógico do Curso até a realização deste estudo, por conseguinte, abarca também o estudo das alterações e reconstruções do Projeto e do Plano Pedagógico do Curso. Esses documentos constituem o corpus desta pesquisa e auxiliam a compreensão dos saberes de língua que funcionam na formulação desses componentes curriculares de Língua Portuguesa. No entremeio desta investigação, foi possível dar visibilidade à constituição desta graduação em Direito, marcada pela necessidade de atender à legislação educacional em vigor nas décadas de 1970, 1980 e 1990, visto que as matrizes curriculares foram (re)construídas para atender às necessidades de ordem legal e de ordem mercadológica. Em relação aos ementários dos componentes curriculares de ensino de língua, por meio do funcionamento discursivo presentificado na materialidade linguística, observou-se que não são autoexcludentes e que há (con)fluência de vertentes de ensino e saberes de língua e inscrevem-se na categoria de análise de (pro)fusão de saberes e de (con)fusão entre saberes (SURDI DA LUZ, 2010), que aponta para o imaginário de ensino de língua portuguesa. Vários aspectos e questões emergem, contribuindo para aprofundar o debate em torno do discurso sobre o ensino de Língua Portuguesa na Educação Superior e seus modos de disciplinarização.