Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Preczeski, Karina Paula |
Orientador(a): |
Treichel, Helen |
Banca de defesa: |
Viancelli, Aline,
Colla, Luciane Maria |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Campus Erechim
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3955
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Resumo: |
Queratinases atuam na hidrólise de queratina, um componente complexo presente em alguns resíduos agroindustriais, como pelos suínos e penas de frango. O tratamento destes resíduos é importante para sua valorização e para evitar a poluição ambiental. Processos tecnológicos mediados por fungos e enzimas são alternativas promissoras para tratamento de resíduos recalcitrantes. Considerando isso, o presente estudo avaliou estratégias de obtenção de queratinases produzidas por fungos utilizando fermentação submersa (FS) e em estado sólido (FES). Dois fungos isolados de resíduos de penas apresentaram potencial para produção de queratinases, Fusarium oxysporum e Aspergillus sp. Estas cepas foram utilizadas na FS juntamente com penas ou pelos preparados em três diferentes condições (redução da concentração microbiana, esterilização e tratamento com peróxido de hidrogênio). A massa residual fermentada foi quantificada e testada para nova produção enzimática. O fungo com maior capacidade de produzir queratinases na FS foi utilizado para produção de queratinases em FES tendo como substrato resíduos de uva e/ou de pelo suíno. O extrato enzimático mais promissor de cada fermentação foi conduzido à técnica de precipitação enzimática utilizando sais e solventes orgânicos. A maior atividade queratinolítica em FS foi obtida com F. oxysporum (243,50 U mL-1) após seis dias de fermentação, utilizando pelo suíno esterilizado. Na FES a maior atividade queratinolítica foi obtida em nove dias (518,66 U g-1), utilizando somente resíduos de pelos como substrato. Na precipitação enzimática obteve-se um fator de purificação de 127,13 vezes em FS e de 14,08 vezes em FES, ambos na fase sobrenadante, com rendimentos enzimáticos acima de 100%. No reuso do pelo suíno, a atividade de queratinases manteve-se em 74,74% da atividade inicial após 3 ciclos, apresentando um potencial de produção enzimática para aplicação em diversas problemáticas ambientais. O uso de resíduos para produção de enzimas queratinolíticas se mostrou uma estratégia promissora para aplicação na área biotecnológica, obtendo enzimas com elevada atividade após processos simples de concentração enzimática, além de o resíduo ser passível de reciclos fermentativos sem perdas produtivas significativas. |