Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Belani, Eliane Isabel |
Orientador(a): |
Moura, Neide Cardoso de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
|
Departamento: |
Campus Chapecó
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2235
|
Resumo: |
O presente estudo buscou abordar as relações de gênero presentes no contexto da educação profissional agrícola, especificamente, no Centro Estadual de Educação Profissional Sudoeste do Paraná. A expectativa foi conhecer como os alunos e alunas compreendem como as suas relações de gênero são construídas e podem interferir no contexto escolar e em sua futura profissionalização. Pautado em referências epistemológicas da teoria de gênero, especialmente a categorização estabelecida na obra de Scott (1995), e na metodologia da Hermenêutica de profundidade proposta por Thompson (2011), realizamos encontros de Grupos Focais, dois com grupos homogêneos compostos de indivíduos do gênero masculino e feminino, respectivamente, e um grupo heterogêneo com a junção dos grupos anteriores num total de quatorze participantes. Analisamos os discursos proferidos nos GFs com auxilio de referenciais da Análise do discurso encontrados na obra de Orlandi (2009), buscando desvelar e interpretar os processos discursivos veiculados pelas representações, crenças, normas e, consequentemente, nas e pelas relações de poder presentes nas relações de gênero desses/as alunos/as. Ao articular as teorias e as metodologias aprendemos, e apreendemos que as diferenças percebidas entre as masculinidades e feminilidades findam por justificar as desigualdades nos processos formativos. A partir das interpretações realizadas sobre os discursos das/dos jovens e das análises do contexto da educação profissional agrícola, também, considerando a constituição do Centro Estadual de Educação Profissional e os paralelos encontrados em trabalhos de outros autores, percebemos que a profissão de técnico em agropecuária continua sendo atrelada a masculinidade. Reafirmando a persistência de estereótipos e preconceitos relacionados à participação feminina nesta área, a agropecuária. Constatamos, ainda, que a reprodução e a naturalização desses preconceitos e estereótipos, exatamente pela eficácia desses processos, tem passado despercebida tanto pelas/os jovens estudantes da educação profissional, como, também, pelos docentes e outros membros da comunidade escolar. Contudo, as discussões e problematizações realizadas pelas/os participantes promoveram sensibilizações que apontam para possibilidades de repensar essas relações assimétricas. Almejamos que este estudo traga avanços nas discussões sobre as profissões historicamente masculinizadas ao enunciar os mecanismos de exclusão e invisibilização de sujeitos do exercício da cidadania plena, tendo em vista ser parte fundamental nos processos de educação e profissionalização humana. Palavras-chave: Gênero. Educação profissional agrícola. Feminilidade. Masculinidade. |