Saúde mental e trabalho: a invisibilidade da doença mental nos benefícios previdenciários na região de Joaçaba/SC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Wames, Marisa Magali Maieski
Orientador(a): Silva, Luis Fernando Santos Corrêa da
Banca de defesa: Silva, Luís Fernando Santos Corrêa da, Zanatta , Mariana Scussel, Pereira , Thiago Ingrassia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1217
Resumo: Este estudo analisou os benefícios previdenciários concedidos pelo INSS na agência de Joaçaba/SC no ano de 2016, com o intuito de verificar se os benefícios concedidos em razão do adoecimento mental do (a) trabalhador (a) foram reconhecidos como decorrentes do trabalho exercido, ou se permanece a mesma tendência verificada nos anos de 2010 a 2012, onde o adoecimento mental somente era reconhecido nos benefícios de auxílio-doença de qualquer natureza ou causa, portanto, sem relação com o trabalho realizado. Essa invisibilidade do adoecimento mental nos benefícios concedidos em relação ao trabalho realizado nos instigou a estudar o trabalho e as transformações que ocorreram em seus processos nos dois últimos períodos históricos, que significam novas exigências para o (a) trabalhador (a), que vem adoecendo fisicamente, como explicitado na Era Industrial norteada pelos modelos norte-americanos, denominados fordismo e taylorismo, com expansão internacional. O adoecimento físico continua no modelo de trabalho vigente no capitalismo contemporâneo, denominado de Era do Conhecimento, cuja expansão mundial ocorreu a partir do modelo das indústrias japonesas, denominado toyotismo, porém suas novas exigências passaram a competir para o adoecimento mental dos (as) trabalhadores (as). Estes períodos estão embasados teoricamente por autores, como Karl Marx, Krishan Kumar, Ricardo Antunes, Zygmunt Bauman, Richard Sennet, Robert Castel, entre outros. A pesquisa também ouviu os (as) trabalhadores (as) adoecidos mentalmente e constatou que essas narrativas apontaram vários fatores relacionados ao trabalho que contribuíram para a constituição do adoecimento mental, cujos aspectos foram apresentados e analisados na pesquisa, corroborando com o embasamento teórico estudado, demonstrando o aprofundamento da precarização do trabalho e os agravos para o adoecimento mental invisibilizado nos benefícios previdenciários na região de Joaçaba/SC.