No ritmo da esteira: análise sobre alienação e adoecimento mental dos trabalhadores fabris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Maiara Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82795
Resumo: <div style="">A presente pesquisa tem como objetivo central analisar a relação entre as transformações no mundo do trabalho contemporâneo e o adoecimento mental dos trabalhadores fabris. Assim, discutimos a categoria trabalho e suas metamorfoses históricas, desde a sua concepção enquanto categoria central do processo de humanização do homem, até às novas configurações apresentadas no contexto atual. Aprofundamos nosso debate, particularmente, sobre a alienação, considerada como um dos elementos centrais do debate marxista da atualidade. Esta, agora intensificada, apresenta uma nova roupagem na era do capitalismo manipulatório, marcada pela captura a subjetividade do trabalhador, com efeitos danosos para sua saúde mental. Nos questionamos nesta pesquisa: qual a relação das transformações no mundo do trabalho contemporâneo com o adoecimento mental dos trabalhadores fabris? Para respondê-la, nossas investigações giraram em torno das seguintes categorias de análise: trabalho, alienação, saúde/adoecimento mental e precarização. A pesquisa de campo foi realizada com dez trabalhadores fabris em acompanhamento no CAPS III, da cidade de Iguatu-CE, com queixas de adoecimento mental relacionadas ao trabalho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com inspiração no método marxista, que teve como técnicas a pesquisa bibliográfica, observação simples e documental, o diário de campo e a entrevista. Nossa pesquisa revela a intrínseca relação entre trabalho e adoecimento mental, principalmente relacionado às transformações contemporâneas no mundo do trabalho e as marcas da precarização total que atingem não apenas os processos de trabalho, mas avança para os campos da vida familiar, dos vínculos interpessoais, do lazer e da participação social, ou seja, atinge toda a sociabilidade humana. Concluímos, ainda, que o adoecimento mental dos trabalhadores fabris nos dias atuais configura-se como expressão da questão social contemporânea. Na medida em que os processos de exacerbação da exploração e da alienação são visíveis nas novas formas de gerenciamento da indústria pós-fordista, o desemprego e as novas formas de trabalho flexível e desprotegido se tornam ainda mais presentes no dia a dia do trabalhador.&nbsp;</div><div style="">Palavras-chave: Trabalho. Alienação. Adoecimento mental.</div>