Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Comiran, Daniela Fernanda |
Orientador(a): |
Silva, Ilton Benoni da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/678
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Resumo: |
O objetivo geral dessa dissertação é analisar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) à luz do debate contemporâneo sobre o ensino de Filosofia. Com a obrigatoriedade do ensino de Filosofia no ensino médio a partir de 2009, houve a reestruturação do ENEM e a inserção da Filosofia na Prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Neste contexto emerge o problema: como ocorre a contemplação da concepção de organização curricular histórica-temática do ensino de Filosofia nas provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias do ENEM. Os objetivos específicos são: identificar a contemplação da concepção históricatemática-problematizadora nas provas de Ciências; analisar as concepções predominantes sobre ensino de Filosofia no debate atual; verificar se a prova do ENEM está em sintonia com o debate acadêmico sobre o ensino de Filosofia. A pesquisa tem como referência a análise das provas de Ciências Humanas e suas Tecnologias do novo ENEM aplicado desde 2009, a partir da análise de conteúdo. Os itens foram selecionados considerando a contemplação de conteúdos das Orientações Curriculares Nacionais para o ensino de Filosofia e analisados a partir da concepção de ensino histórica-temática-problematizadora que se concebe como representativa do debate atual sobre o ensino de Filosofia, advogada pelo Núcleo de Estudos sobre o Ensino de Filosofia (NESEF). Foram analisadas nove provas, totalizando 405 itens. De 2009 a 2011, a inserção da Filosofia ocorreu de forma sazonal e com poucos textos filosóficos. No entanto, a partir de 2012, a presença foi constante – entre sete e oito itens de Filosofia por prova e com predominância dos autores clássicos. Este cenário aponta para o reconhecimento institucional e efetivação da Filosofia no ensino médio considerando a visibilidade que o ENEM vem tomando nos últimos anos. Os temas de maior recorrência são ética, política e conhecimento. Outros temas estão subutilizados, condição decorrente da pedagogia das competências, cuja seleção de conteúdos está pautada na resolução de situações-problemas e não em conhecimentos historicamente construídos pela ciência. Neste sentindo, a concepção histórica-temática-problematizadora, embora tenha figurado em 15 dos 47 itens de Filosofia orienta que deve haver no ensino de Filosofia a representação da sua história. Esta representação deve ocorrer de forma uma genuinamente filosófica, ou seja, a partir da problematização de um tema, a fim de promover um ensino efetivo de Filosofia para o ensino médio, aquele condizente com a reflexão filosófica para a formação de sujeitos de pensamento autônomo. |