Currículo de história no ensino médio e avaliação de egressos: a relação entre os documentos orientadores da disciplina e os exames oficiais (ENEM e Vestibulares) - 2009-2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Marins, Cosme Freire
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-31082016-150412/
Resumo: Este trabalho analisa a relação entre as competências, habilidades e concepções metodológicas enunciadas nos documentos oficiais orientadores do currículo de História elaborados pelo Ministério da Educação (MEC) e o que se avalia no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em seis universidades públicas, no período de 2009 a 2013. Partiu-se de uma afirmação do MEC de que a abordagem pelo Enem dos temas, competências e habilidades propostos pelos documentos nacionais orientadores do currículo poderia levar as escolas a incorporá-los em seu próprio currículo. No desenvolvimento da pesquisa foram abordados os estudos de alguns pesquisadores do tema currículo, o qual é concebido como resultado de um processo de construção social em que os vários agentes que exercem influência no campo educacional disputam a legitimidade de seus interesses. Um elemento essencial para o currículo é a disciplina, por meio da qual os professores especialistas são os responsáveis pela abordagem dos conhecimentos em sala de aula. Contudo, o currículo oficial nacional passa por várias esferas de poder, disputa e negociação até chegar à escola, sendo a relação estabelecida em sala de aula entre professor e aluno a última esfera desse complexo processo. Assim, as disciplinas escolares gozam de relativa autonomia ao executarem o currículo real, o que dificulta a efetivação plena do currículo oficial. Por outro lado, as abordagens realizadas pelos exames vestibulares e pelo Enem não se traduzem em sua efetivação integral por parte das escolas, devido, também, às esferas de poder que há entre a realização dos exames e o que é efetivado em sala de aula. Observou-se que há algumas propostas pelos documentos oficiais mais avaliadas nos exames, em detrimento de outras que foram contempladas em menos de 10% das questões de cada instituição. As competências e procedimentos mais avaliados dizem respeito a itens mais fáceis de se mensurar, por um lado, e mais presentes na prática da disciplina, tanto na universidade quanto nas escolas, por outro. Dessa forma, o MEC segue em seu processo de busca de apoio e legitimação, tanto do currículo nacional oficial quanto do Enem processo este que atualmente ganha novos elementos com a discussão da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCC).