As bonecas biônicas: a emergência das categorias transexual e travesti no Brasil na era farmacopornográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hubner, Eduardo
Orientador(a): Souza, Fábio Francisco Feltrin de
Banca de defesa: Xavier, Allan Moreira, Silva, Ivone Maria Mendes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4213
Resumo: Esse trabalho tem como objetivo analisar as categorias travesti e transexual, levando em conta o processo histórico brasileiro, a partir da era farmacopornográfica. A dissertação toma a transexualidade e a travestilidade como efeito do dispositivo da sexualidade, produto de um regime do biopoder, operacionalizado através do farmacopoder e do pornopoder. Com isso, procura-se sustentar que a categoria travesti é resultado da incorporação tecnológica e farmacológica de um processo de autocobaia do farmacopoder e do pornopoder no contexto brasileiro a partir dos anos de 1970. Para tanto, procurou-se uma definição histórica das transformações sociais, culturais, políticas e tecnológicas que emanciparam a categoria, na qual um grupo de homossexuais conhecidos como bichas/bonecas nos anos de 1950, incorporou esses elementos, como forma de transformação do corpo e da identidade. Também busquei discutir os processos institucionais e jurídicos que permearam a categoria transexual e seus desdobramentos na sociedade brasileira em contraste com as travestis. Por fim, estabeleço que as categorias travesti e transexual são interdependentes dos processos culturais, sociais, econômicos e tecnológicos na contingência de resistências e marginalização de cada sociedade.