O velho discurso do novo: (re)significações em torno da noção de língua no ENEM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Giachini, Liana Cristina
Orientador(a): Luz, Mary Neiva Surdi da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/765
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo o discurso sobre a língua nas matrizes de referência para avaliação da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, objetivando investigar as redes de significação em torno da noção de língua. Para isso, à luz da Análise do Discurso franco-brasileira, foi realizada a análise documental das edições de 2012 e 2013 dos guias “A redação no ENEM: guia do participante”, disponibilizados pelo INEP aos participantes da prova. Em nossa investida analítica, procuramos compreender os efeitos de sentido sobre a língua neste corpus, problematizando as relações que ele mantém com os saberes linguísticos e a história do ensino de Língua Portuguesa, além da constituição dos processos seletivos de ingresso no ensino superior. A partir dessa análise, compreendemos que, marcados por saberes diversos, algumas vezes conflitantes, outras consonantes, os Guias trazem em si uma tentativa de romper com o passado de tradição gramatical. Entretanto, há redes de significação em que ressoam uma concepção de língua imaginária, na qual os efeitos da memória se mantêm. Assim, ponderamos que não há ruptura, uma vez que os sentidos produzidos no discurso sobre a língua na avaliação da produção escrita nas matrizes de referência para redação 2012/2013 funcionam de forma heterogênea, convivendo, interagindo e (re)significando, conforme as condições de produção. Nessas redes parafrásticas, constituídas na repetibilidade do dizer, o velho se mantém no novo, (re) produzindo sentidos sempre antes já-lá.