Processos e dinâmicas de institucionalização da álgebra na formação de professores dos primeiros anos escolares, São Paulo (1880-1911)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Basei, Ana Maria
Orientador(a): Valente, Wagner Rodrigues
Banca de defesa: Dynnikov, Circe Mary Silva da Silva, Costa, David Almeida Antonio da, Lima, Eliene Barbosa, Gualtieri, Regina Cândida Ellero
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3902
Resumo: Este texto é o resultado de uma investigação no âmbito da História da Educação Matemática. A pesquisa, centrada no estado de São Paulo, examinou processos e dinâmicas de institucionalização da álgebra na formação de professores dos primeiros anos escolares no período de 1880 a 1911. Essa periodização abarca a terceira fundação da Escola Normal de São Paulo, em 1880, a criação das escolas complementares – principal meio de qualificação de docentes no período –, até 1911, quando foram convertidas em escolas normais primárias. Sob a ótica da História Cultural e conceitos desenvolvidos pela Equipe de Pesquisa em História Social da Educação, da Universidade de Genebra na Suíça, acerca da compreensão histórica dos saberes profissionais da docência, analisaram-se diferentes fontes como legislação, relatórios da direção da Escola Normal, atas da Congregação de Professores, programas de ensino, jornais e compêndios de Álgebra. A análise do material empírico possibilitou caracterizar três etapas dessa institucionalização, bem como identificar o papel exercido pelos professores de matemática nesse processo. Na primeira etapa, correspondente à década de 1880, na ausência da rubrica, conteúdos algébricos faziam parte dos ensinos teóricos de Aritmética e Geometria. A introdução dos conteúdos algébricos na formação de normalistas estava associada à representação do próprio curso normal da época, em termos da formação disciplinar, da formação em matemática. A segunda etapa da institucionalização da Álgebra na formação de professores do curso primário, que envolve o período dos anos 1890 a 1895, é caracterizada pela inclusão da rubrica no curso normal, pelo aumento progressivo da sua carga horária e pela sistematização das representações dos professores Godofredo Furtado e Azevedo Soares nos programas, nos pontos de exames e na escolha dos compêndios. A terceira etapa iniciou-se no ano de 1895, quando foi instalada a Escola Complementar Anexa à Escola Normal de São Paulo. Essa etapa é caracterizada pela depuração, pela constituição dos primeiros passos de uma álgebra para ensinar, fruto das experiências dos docentes dessa rubrica e sua sistematização em obra didática para a formação de professores.