Representações sociais do aluno com deficiência: um estudo com professores do ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aguiar, Stephanie Barreto Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129313
Resumo: Esta dissertação objetiva investigar as representações sociais de professores do ensino médio sobre alunos com deficiência e as repercussões dessas imagens nas práticas em sala de aula. Entende-se que essas representações reúnem crenças e julgamentos sobre a deficiência que limitam as condições de inclusão escolar desse grupo. Essa forma de representar a deficiência pode ser analisada como capacitismo, que é o preconceito dirigido às pessoas com deficiência e se refere à visão de que são incapazes ou menos aptas de participar ativamente da sociedade. Realizou-se uma pesquisa que se propôs comparar as representações sociais acerca do ¿aluno¿ e do ¿aluno com deficiência¿ para professores do ensino médio; e conhecer as dificuldades e possibilidades da inclusão de alunos com deficiência na perspectiva desses professores. A pesquisa contou com 120 professores que atuam em escolas públicas e privadas. Como instrumento, utilizou-se o Teste de Associação Livre de Palavras, com os estímulos ¿aluno¿ e ¿aluno com deficiência¿; e uma pergunta aberta sobre experiências com estudantes com deficiência. O instrumento foi compartilhado nas redes sociais e os dados foram analisados com o auxílio do Iramuteq, por meio da Análise Prototípica e da Classificação Hierárquica Descendente. Os resultados apontam que os professores concebem alunos com deficiência como um problema quando se refere à inclusão escolar, atribuindo-lhes características que dificultam o processo de ensino e aprendizagem. Ao mesmo tempo que apresentam uma perspectiva hostil de capacitismo, os professores manifestam uma forma benevolente, quando consideram as pessoas como menos capazes, defendem as práticas igualitárias, ratificando o discurso de não preconceito e discriminação. Os participantes apontam também algumas dificuldades na prática com alunos com deficiência, especialmente, a falta de capacitação dos professores, a ausência de investimento governamental e/ou das instituições de ensino e as dificuldades de compreender a deficiência na perspectiva da inclusão e do modelo social. Conclui-se que a inclusão escolar ainda não é efetiva, sendo preciso dar atenção aos discursos dos professores, compreendendo as imagens sobre a deficiência e as necessidades desses profissionais no que se refere à formação e atuação no campo da inclusão. Palavras-chave: Aluno com deficiência, Representações Sociais, Capacitismo, Inclusão, Professores