Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Malherbi, Naiane Miriam |
Orientador(a): |
Yamashita, Fábio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Campus Laranjeiras do Sul
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2155
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Resumo: |
Pesquisas sobre filmes biodegradáveis surgiram da necessidade de alternativas para o uso das embalagens sintéticas, devido ao impacto ambiental que as mesmas causam ao meio ambiente. Aliado a isso, os consumidores buscam por produtos com maior qualidade e maior vida de prateleira e que não causem danos ambientais. Logo, o objetivo deste trabalho foi elaborar e caracterizar embalagens biodegradáveis ativas obtidas por extrusão de amido de mandioca, poliéster biodegradável (polibutileno adipato co-tereftalato – PBAT), plastificante e extrato de açaí (Euterpe oleraceae), e avaliar o efeito antioxidante e suas propriedades no acondicionamento de azeite de oliva extravirgem. Inicialmente foi realizada a caracterização dos extratos de açaí e jabuticaba quanto a determinação de fenólicos totais e da atividade antioxidante e também foi realizado no extrato de açaí, as análises centesimal. Em uma segunda etapa, foi realizada a elaboração dos filmes com PBAT (30%), amido de mandioca (56%), plastificante (glicerol) (14%), acido cítrico (0,03%) com diferentes concentrações do extrato de açaí (1, 2, 3 e 4%) e filmes controle (sem extrato). Os mesmos foram caracterizados quanto à: permeabilidade a vapor de água (PVA), resistência tração (RT), elongação (ELO), opacidade (OP), atividade de água (aw), solubilidade em água (SOL), solubilidade em óleo e cor. Todas essas análises foram realizadas no início (dia 0) e no final do experimento (dia 120). Paralelamente, foi realizado a elaboração de sachês para verificar o efeito antioxidante no acondicionamento de azeite de oliva extra-virgem em todos os tratamentos, através da aw, índice de acidez (IA), índice de peróxido (IP), dienos conjugados (DC), determinação de substancias reativas ao acido tiobarbitúrico (TBARS) e presença de compostos fenólicos (CF) por 0, 30, 60, 90 e 120 dias de armazenamento (25 ± 3°C). Foi possível o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis compostas de amido de mandioca, acrescidos de PBAT, glicerol e de EA (1, 2, 3 e 4 %), e tiveram boa processabilidade na etapa de extrusão termoplástica. A variação das concentrações utilizadas de EA apresentaram diferenças significativas (p<0,05) em todas as propriedades avaliadas. A incorporação do EA, no tempo inicial provocou aumento da espessura, RT, ELON, módulo elástico, SOL, solubilidade em óleo e opacidade em todas as formulações. Após 120 dias de armazenamento, houve redução da espessura, dos filmes FA1, FA2 e FA3 em relação ao dia 1. Os valores de RT, módulo elástico, aw e opacidade aumentaram, enquanto que os valores de ELO diminuíram, mostrando que os filmes se tornaram mais frágeis e rígidos, devido a interação do produto armazenado e embalagem. Ao final do período de estocagem, os valores de IA e IP ficaram abaixo dos limites estabelecidos pela legislação vigente. Os teores de DC, mostraram que do tempo 0 dias ao tempo 120 dias, os filmes com adição de 1% e 3% de EA mantiveram a estabilidade do azeite de oliva contra a oxidação lipídica. Quanto ao teor de TBARS, foi observado que no tempo de 90 dias de estocagem dos sachês, a amostra acondicionada na embalagem tradicional (PEBD), apresentou maior valor desse parâmetro, e a embalagem com 3% de EA apresentou o menor valor. Foram observadas perdas significativas dos CF nos filmes com adição de EA, porém não se diferenciando estatisticamente (p>0,05) da formulação controle. Durante o período de estocagem não ocorreu mudança de cor do azeite de oliva em todos os tratamentos. Pode-se concluir que os resultados obtidos neste trabalho podem ser úteis para futuros estudos e aplicações em produtos alimentícios, pois se mostrou aplicável no acondicionamento de azeite de oliva extravirgem. |