A emergência do Homo Moralis: gênero e judiciário na construção dos sujeitos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barros, Carla
Orientador(a): Souza, Fábio Francisco Feltrin de
Banca de defesa: Fraga, Gerson Wasen, Paula, Débora Clasen de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3929
Resumo: O presente trabalho intenta identificar em processos crime de cunho sexual das décadas de 1940 e 1950, a presença de um sujeito moral, chamado aqui de homo moralis. Partindo da hipótese de que as sociabilidades da primeira metade do século XX no Brasil culminaram na existência do homo moralis, e que este por sua vez é evidencia da ação da modernidade, este trabalho teve enquanto pretensão identificar as ações morais que permearam as relações de gênero e como esse sujeito moral estava inscrito nos corpos das mulheres, indivíduos que foram considerados a base para a criação de uma nação moralizada e saudável. Partindo do pressuposto de que os corpos desses sujeitos foram investidos pela força do biopoder, foi possível identificar nos processos como o homo moralis se constituiu enquanto marca da modernidade brasileira. Utilizando como base o pensamento de autores como Girgio Agambem, Michel Foucault, Maria Bernadete Ramos Flores, Sueann Caulfield, foi possível traçar um esboço das relações culturais do brasil moderno em torno da família, dos casamentos e da moralidade dos sujeitos.