Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Fucks, Patrícia Marasca |
Orientador(a): |
Alves Filho, José de Pinho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Santa Catarina
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3692
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Resumo: |
Ao abordar os desafios da docência universitária a pesquisa discute a Didática e o Ensino apoiado na Linguagem Gráfico-Visual (L.G.V.) para alunos com e sem deficiência visual, questionando-se: Quais as dificuldades explicitadas pelos docentes no uso da L.G.V. nas suas práticas didáticas com alunos cegos? Objetiva identificar e caracterizar as dificuldades explicitadas pelos docentes universitários no uso da L.G.V. nas práticas educativas com alunos cegos. Possui abordagem quali-quantitativa, desenvolvida a partir das Pesquisas Bibliográfica e de Campo. Abarca variáveis ainda não suficientemente estudadas da inclusão na Educação Superior, elucidadas com a Pesquisa Exploratória delineada como ‘Estudo de Caso’. Mediante aplicação de questionário misto, obteve-se participação de 18,4% da população dos docentes dos seis campi da UFFS. Após análise preliminar desses dados, realizaram-se entrevistas semiestruturadas com 17 docentes do Campus Cerro Largo/RS, analisando-se suas narrativas sobre o processo de ensino-aprendizagem para e com o aluno cego, sucedido de 2013 a 2018. Com a Análise de Conteúdo das respostas identificaram-se dificuldades da prática, caracterizando-as à luz dos Obstáculos de Bachelard, referencial teórico-metodológico da interpretação dos dados. Os resultados foram obtidos e analisados do ponto de vista da elaboração de Categorias Temáticas a posteriori. Ponderou-se sobre fatores que repercutem em lacunas no processo formativo dos sujeitos e na atuação docente, como o conhecimento insuficiente e/ou a escassa compreensão quanto aos saberes e recursos da L.G.V., aos modos e às condições adequadas do seu uso, simultâneo e cooperativo a outras linguagens, para viabilizar a inclusão educacional. Na Perspectiva da ‘Concepção do Processo de Ensino-Aprendizagem’, as dificuldades à construção dos conhecimentos foram caracterizadas como ‘Cognitivo-conceituais’ (32,3%) e identificadas como ‘obstáculos epistemológicos bachelardianos’, cuja superação suscita a reinterpretação e/ou ruptura de paradigmas e concepções, relativos à deficiência e ao ensino para cegos, com apoio da L.G.V. Nas práticas analisadas, manifestaram-se obstáculos epistemológicos associados ao uso de metáforas, analogias e ideias em comparação; à Experiência Primeira; ao Conhecimento Pragmático; ao Conhecimento Geral e à Libido. Na mediação dos conhecimentos, apoiada na L.G.V., analisaram-se dificuldades nas ‘perspectivas da Concepção e da Operacionalização do Processo de Ensino-Aprendizagem’, respectivamente categorizadas como ‘Didático-Teórica e Pedagógica’ (36,4%), referente ao Modo de ensinar e ‘Didático-Operacional e Procedimental’ (24,2%), relativa aos Apoios ao ensino. Essas dificuldades, que podem repercutir de forma contraproducente no ensino, foram identificadas como ‘obstáculos didáticos’. A filosofia bachelardiana encontrou profícua aplicação ao Caso em Estudo, enquanto referencial teórico-metodológico e critério para balizar a interpretação e análise das práticas docentes e sinalizar caminhos para compreensão e superação da problemática pesquisada. A exigência da produção de saberes renovados no ensino universitário, como condição para torná-lo inclusivo, demanda esforços conjuntos de docentes e gestores, suscitando olhar para o processo formativo e a experiência de ‘ser’ e ‘estar’ dos docentes. |