Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barbieri, Cássio Guilherme |
Orientador(a): |
Souza, Fábio Francisco Feltrin de |
Banca de defesa: |
Gruner, Clóvis Mendes,
Machado, Ricardo,
Valério, Mairon Escorsi |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
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Departamento: |
Campus Erechim
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4215
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Resumo: |
Este trabalho objetiva examinar a articulação entre as diversas temporalidades subjacentes ao reaparecimento da alegoria da peste nas obras de Antonin Artaud e Albert Camus. A análise aborda a peste enquanto sobrevivência, uma vez que constitui um reaparecimento de uma alegoria recorrente na cultura ocidental, e desenvolve-se em um duplo questionamento. Por um lado, problematiza-se essas alegorias da peste como indícios da crise do regime de historicidade moderno, sintomas de uma perturbação endógena das relações entre passado, presente e futuro e das experiências, individuais e coletivas, do tempo, da história e da memória na Europa do período entre guerras e pós-guerra. Por outro lado, interroga-se a sobrevivência dessas alegorias da peste sob um marco teórico distinto que, embora reforce esse caráter indiciário de uma crise da historicidade moderna, permite uma abordagem heterocrônica, atenta à historicidade própria dos objetos culturais, às tensões e temporalidades que os perpassam e que constituem o âmago das relações que se estabelece, individual e/ou coletivamente, com eles. Uma abordagem que possibilita contrapor a estruturação objetiva, homogeneizadora e excessivamente racionalizadora pressuposta pelos regimes de historicidade. Finalmente, os dois últimos capítulos buscam operacionalizar tal discussão em três recortes: uma arqueologia das temporalidades da peste; uma análise das experiências do tempo sob a peste; e, finalmente, explora-se as especulações, lançadas pelas fontes, acerca das relações entre memória, esquecimento, catarse e história no período que sucede o tempo da peste. |